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  • 30/04/2024 06h45

    Rio Grande do Sul assina acordo com empresa chilena CMPC, um dos maiores investimentos privados da história no Estado com R$ 24 bilhões

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    Foto: Maurício Tonetto/Secom

    Documento prevê a instalação de uma nova planta industrial de produção de celulose em Barra do Ribeiro

    ( Publicada originalmente às 18h 00 do dia 29/04/2024) 

    (Brasília-DF, 30/04/2024) O Rio Grande do Sul vai ganhar um dos maiores investimentos privados da história. Nesta segunda-feira, em cerimônia no Palácio Piratini, em Porto Alegre(RS) com a presença de secretários de Estado, empresários e parlamentares.

    O governo do RS e a multinacional chilena CMPC firmaram um protocolo de intenções para a instalação de uma nova planta industrial de produção de celulose em Barra do Ribeiro com aporte de R$ 24 bilhões da empresa.

    O documento para iniciar o processo de licenciamento ambiental do empreendimento foi assinado pelo governador Eduardo Leite, o presidente do Conselho das Empresas CMPC, Luis Felipe Gazitúa, e o CEO do grupo, Francisco Ruiz-Tagle.

    Leite falou sobre a importância da construção de um ambiente favorável para a atração de investimentos.

     “O Estado se torna capaz de atrair investimentos oferecendo segurança jurídica, segurança pública para a vida e o patrimônio de quem trabalha e empreende, desburocratização, capacidade logística e capital humano de excelência para garantir produtividade e retorno para o ente privado que investe. Hoje o Estado é um local seguro para investimentos como este, que é o maior já feito por uma empresa individualmente na história do Rio Grande do Sul”, disse.

    Conforme o protocolo de intenções, a CMPC assegura que utilizará os mais altos padrões tecnológicos e adotará rigorosos mecanismos de controle ambiental. Além disso, a empresa assume o compromisso de promover um programa de qualificação de mão de obra e priorizar a contratação de fornecedores gaúchos. A expectativa é que sejam gerados aproximadamente 12 mil empregos durante as obras. Em operação, a empresa deve promover 1,5 mil vagas de trabalho diretas e indiretas e terá capacidade anual de produção de 2,5 milhões de toneladas de celulose branqueada de eucalipto. A matéria-prima é utilizada para a fabricação de diferentes tipos de papéis, embalagens e produtos higiênicos, além de estar presente em itens como alimentos, medicamentos e cosméticos.

    O empreendimento faz parte do Projeto Natureza CMPC e está alicerçado em quatro eixos de desenvolvimento: silvicultura sustentável, infraestrutura logística, crescimento industrial e conservação ambiental e cultural. “É com muito orgulho que apresentamos o Projeto Natureza CMPC e que firmamos este protocolo de intenções com o governo do RS, um Estado que tem nos acolhido tão bem desde a nossa chegada em 2009. Podemos dizer que também somos gaúchos. Essa parceria demonstra a confiança que temos no Estado e na sociedade gaúcha. A CMPC acredita no Rio Grande do Sul”, destacou o presidente do Conselho de Administração da CMPC, Luis Felipe Gazitúa.

    Para que o projeto possa ser colocado em prática, a CMPC encaminhou uma solicitação de Licença Prévia junto à Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam). A obtenção desta autorização habilita a empresa a realizar avaliações e estudos técnicos necessários para o andamento do projeto.

    Leite  disse que todos os esforços estão sendo empreendidos para viabilizar a iniciativa. “Há um grupo de trabalho definido na Fepam para que as licenças sejam emitidas com celeridade para que esses investimentos aconteçam e toquem a vida de milhares de pessoas”, afirmou.

    Modernização logística

    No protocolo de intenções, a companhia e o Estado comprometem-se a realizar diversas obras de melhorias na infraestrutura do Rio Grande do Sul, como a duplicação de 376 quilômetros da BR-290, entre Eldorado do Sul e Rosário do Sul, e a finalização da duplicação do trecho sul da BR-116.

    Também estão previstas obras de pavimentação asfáltica, melhorias em trevos de acesso a diversos municípios onde a CMPC possui operação florestal e construção de novos acessos rodoviários para o Porto de Pelotas e para a Fazenda Barba Negra (terreno de 10 mil hectares localizado a 15 quilômetros do centro de Barra do Ribeiro e que pertence ao Grupo CMPC). As melhorias facilitarão o fluxo de caminhões e reduzirão o percurso em áreas urbanas.

    O documento estabelece, ainda, o acordo para instalação de um novo Terminal de Uso Privado no Porto de Rio Grande, bem como obras de dragagem e de ampliação da capacidade de armazenagem e operação da CMPC nos portos de Rio Grande e Pelotas. Dessa forma, o projeto contribui com a ampliação do uso da hidrovia do Rio Grande do Sul, sendo que hoje a CMPC já é responsável por aproximadamente 44% do volume total transportado por esse modal.

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    Composto por quatro eixos de desenvolvimento, o Projeto Natureza CMPC contempla, primeiramente, o estímulo à silvicultura produtiva e a ampliação das áreas de plantio de eucalipto, por meio do fomento a produtores rurais. O projeto busca proteger e valorizar a reserva natural a partir da criação do Parque Ecológico Barba Negra. O espaço ficará aberto para visitação e realização de roteiros turísticos. O objetivo é tornar o local uma referência em preservação, biodiversidade e estudos ambientais, além de promover o contato das pessoas com a flora e a fauna nativas de maior relevância para o Estado.

    Sobre a CMPC

    A empresa atua desde 2009 no Rio Grande do Sul, na cidade de Guaíba, com uma planta de produção de celulose, também do tipo kraft branqueada de fibra curta, proveniente de plantios de eucalipto. Atualmente, essa unidade tem capacidade de produção de aproximadamente 2,4 milhões de toneladas por ano. A multinacional tem atuação portuária em Rio Grande e Pelotas e está presente em 75 municípios, com 1 mil fazendas distribuídas no Estado.

    (da redação com informações e textos de assessoria. Edição: Política Real.)


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