( Publicada originalmente às 20 h 50 do dia 01/05/2024 )

(Brasília-DF, 02/05/2024) Nesta quarta-feira, 1º, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, concedeu uma entrevista coletiva nesse segundo dia da crise intensa das chuvas que atingem o Estado de forma intensa passados  meses da crise gerado pelos ciclones de setembro de 2023.  Leite falou de estado de guerra, que não vai ser possível ao Estado dar conta de todos os resgates e informou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva irá ao Estado nesta quinta-feira, 2 de maio.

“Determinei a suspensão das aulas na rede estadual de ensino nos próximos dois dias (quinta-feira e sexta-feira). A suspensão vale para todas as escolas do Estado. Nossa prioridade no momento é garantir a segurança das pessoas.”, disse na fase final de seua entrevista.

Ele falou que antes da conversa com os jornalistas tinha conversado com o Presidente Lula que afirmou que iria ao Rio Grande do Sul e que se vivia uma situação de guerra.

“Falei há pouco novamente com o presidente  Lula e relatei que estamos vivenciando uma situação de guerra no Rio Grande do Sul. O presidente manifestou sua intenção de vir ao Estado amanhã, gesto que é muito bem-vindo neste momento de dificuldade.”, disse.

Eduardo Leite disse que precisa do apoio efetivo das Forças Armadas e que existia um inimigo a ser enfrentado.

“Reforcei que precisamos da participação efetiva e integral das Forças Armadas na coordenação deste momento, que é como o de uma guerra. Não temos um inimigo para ser combatido, mas temos muitos obstáculos para serem superados e precisamos da atuação das Forças Armadas.”, disse

Ele fez um apelo ao povo do Estado, que procurassem locais seguros pois as aeronaves não pode chegar em todos os locais.

“Faço um apelo aos gaúchos e gaúchas que estão nas localidades mais atingidas: procurem locais seguros. Nós estamos com muita dificuldade para resgatar as pessoas porque a chuva não cessa e isso impede a operação das aeronaves.”, disse.

Leite falou particularmente para os habitantes dos Vale do Taquari e no Vale do Caí.

“Por isso, alerto as populações dos municípios, em especial no Vale do Taquari e no Vale do Caí, que já têm na memória as consequências das chuvas do ano passado, que deixem as suas casas e busquem locais seguros.”, disse.

Leite disse que a situação que se dá hoje será pior que a vista no momento dos efeitos do último ciclone que atingiu o Estado.

“Sim, infelizmente será pior do que vimos em setembro do ano passado. Pelo que já choveu e pelo que ainda vai chover, nos Vales do Taquari, do Caí e dos Sinos, teremos cheias piores que as do ano passado. Não será na mesma velocidade, mas a cota de inundação será ainda pior.”, disse.

Leite disse que o Governo do RS está usando todas as suas forças com a mobilização política dos principais agentes políticos.

“O governo está mobilizando toda a sua atenção a essa crise. Teremos gabinetes de crise em Santa Cruz do Sul, com o vice-governador Gabriel Souza, em Bento Gonçalves, com o chefe da Casa Civil, Artur Lemos, e em São Sebastião do Caí, com o meu chefe de gabinete, coronel Euclides.”, disse.

Ele salientou que na crise de setembro houve particularidades que não se vêm agora.

“Em setembro do ano passado, tivemos uma enxurrada muito severa, mas o tempo abriu em seguida, o que nos deu condições de entrar em campo mais rapidamente. Agora, temos muitas dificuldades operacionais para fazer os resgates.”, afirmou.

Leite disse que o evento climático de hoje no RS é o “maior desastre climático” da história do Estado.

“O evento atual será o maior desastre climático que o nosso Estado já enfrentou. Infelizmente, será maior que o do ano passado. Estamos vivendo um momento muito crítico no Estado. Lamento profundamente as 10 mortes registradas até agora. Esse número tende a aumentar.”. disse.

( da redação com informações de assessoria e redes sociais. Edição: Genésio Araújo Jr.)