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Nordestinas
  • 16/10/2019 09h02

    CRISE NOS PARTIDOS: Delegado Waldir, líder do PSL, afirma que legenda não expulsará ninguém, mas promoverá “punições internas”; ele negou divisão na agremiação: “somos todos bolsonaristas”

    Após reunião da bancada do PSL, parlamentar goiano escancara racha e confessa que tirou Major Vítor Hugo, líder do governo na Câmara, da comissão da reforma previdenciária dos militares
    Foto: site Uol

    Delegado Waldir é líder do PSL

    ( Publicada originalmente às 22h 40 do dia 15/10/2019) 

    (Brasília-DF, 16/10/2019) O líder do PSL na Câmara, deputado Delegado Waldir (GO), afirmou nesta terça-feira, 15, que a legenda não expulsará ninguém, mas que o partido poderá promover “punições internas”. Na oportunidade, ele negou que haja divisão na agremiação do presidente Jair Bolsonaro: “somos todos bolsonaristas”.

    A declaração aconteceu após ele presidir uma reunião da bancada do PSL. Entretanto, na mesma entrevista, ele confessou que o partido que possui três grupos, um “ideológico”, outro “militar” e mais um “pragmático” já atua em diversos subgrupos. Mas, no entanto, ele não comentou quais subgrupos seriam esses.

    “O PSL não vai expulsar nenhum parlamentar. Se algum parlamentar quiser receber isso de presente, isso não vai acontecer. O PSL é um partido uno. Nós continuamos a defender o governo. Somos Bolsonaro, somos Luciano Bivar, somos PSL. Eu acho que o Brasil não pode, todos os dias, continuar pautando uma picuinha, uma briga interna do partido. O país tem preocupação com segurança pública, com 13 milhões de desempregados. Então, a gente tem que olhar para frente”, falou.

    “O partido não vai aplicar nenhuma penalidade. Apenas o líder, na sua livre disposição de alterar membros, vai fazer isso. Existem algumas pessoas, é bom deixar isso bem claro, se vocês pegarem as redes sociais, eu como delegado junto um conjunto de provas, tenho vídeo, tenho imagens de alguns parlamentares que atacaram a mim, o presidente Bivar, o PSL. Essas pessoas, com certeza, sofrerão punições internas dentro do partido. E u não posso deixar uma pessoa como vice-líder se ela não tem a minha confiança”, complementou.

    Investigação para todos

    Questionado sobre a operação realizada pela Polícia Federal na manhã desta terça que realizou uma busca e apreensão nas residências e nos escritórios políticos do presidente nacional do PSL sobre uma possível ligação do parlamentar pernambucano no escândalo dos “laranjas” que investiga o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antonio, presidente do diretório do PSL mineiros, Waldir apenas comentou que hoje as investigações são para todos.

    “[Estou] extremamente tranquilo. A gente vai aguardar os resultados da operação da Polícia Federal e mostrar que ninguém é diferente. Se nós tivemos uma operação contra um ministro, Marcelo, contra um líder do governo, Fernando Bezerra, e, agora, com relação ao presidente [do PSL] Luciano Bivar, e que venham outras operações sobre outras pessoas que estão sendo investigadas. É um tratamento de igualdade em relação a todas as pessoas. Mas o presidente Luciano Bivar tem o total apoio da bancada do PSL”, apontou.

    Apoio a Bivar

    Ao abordar a reunião da bancada, o líder da legenda bolsonarista reforçou o apoio dos parlamentares ao deputado Luciano Bivar, segundo vice-presidente da Câmara. “A reunião foi convocada de uma parte da bancada que apoia o presidente Luciano Bivar, que apoia o presidente Bolsonaro e que apoia o governo”, emendou.

    Fora com o líder do governo

    Indagado sobre a decisão de retirar o líder do governo na Câmara, deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO), da comissão especial que analisa a proposta que reforma à Previdência dos militares, Delegado Waldir escancarou o racha do partido, ao confessar que tirou o colega que lidera a base do governo Bolsonaro por entender que ele não defende as baixas patentes, como o presidente, então deputado, defendia.

    “Na verdade, é uma questão de adequação de membros. É de livre-arbítrio do líder do partido fazer as indicações. Havia uma posição, eu como discípulo do presidente Bolsonaro – ele sempre defendeu aqui a base do Exército, da Marinha e Aeronáutica – e não poderia deixar de na comissão fazer essa defesa, até então o [integrante do] PSL que estava naquele momento na comissão não fazia. E a gente trouxe esse apoio para a readequação das Forças Armadas contemplassem não apenas os generais, que merecem, mas para soldados, cabos, sargentos. Então foi necessário fazer uma readequação nessa comissão como em outras comissões”, contou.

    Sem divisão na bancada

    Porém, mesmo assim, Waldir refutou que haja alguma divisão na bancada do PSL. Segundo ele, as intrigas entre os integrantes do partido não passam de “picuinhas”. Fato que será superado e que foi uma “tempestade” exagerada.

    “Não tem divisão no partido. Na verdade, deixa eu falar um trem. Foi criado uma tempestade e não fui eu que criei, nem o partido, PSL, que criou essa tempestade. Existe alguns parlamentares que tomaram algumas determinadas posições. Mas o PSL reuniu a maior parte da sua bancada e defende que somos todos bolsonaristas. Nós entregamos e é bom vocês verificarem esses nomes, 98% de fidelidade [nas pautas do governo]”, abordou.

    “Se nenhum ministro foi convocado nos últimos meses é ação de todos bolsonaristas. Se vocês verificarem a defesa nas comissões, de quem sobe no plenário, para defender o presidente Bolsonaro são todos esses deputados. Ninguém é mais bonito e é mais bolsonarista. Todos são Bolsonaro, são de direita, conservadores. Fomos eleitos com a mesma pauta. Mas eu acho que neste momento a pauta deva ser geração de empregos, redução da pobreza, reforma da Previdência, tributária, administrativa. É isso que nós queremos discutir”, encerrou.

    (por Humberto Azevedo, especial para Agência Política Real, com edição de Genésio Jr.)


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