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Nordestinas
  • 11/10/2019 08h00

    Após decisão judicial, leilão das áreas do Pré-Sal de Abrolhos, na Bahia, não tem nenhum lance; a região “é um santuário” disse Jaques Wagner

    Em sentença à pedido de anulação impetrada pela Rede Sustentabilidade, o juiz federal Rolando Spanholo decidiu que situação sub-judice da exploração da área tinha que ser informada as petroleiras interessadas em comprar às jazidas de petróleo e gás
    foto: Varela Notícias

    Imagem área de parte do Parque de Abrolhos

    ( Publicada originalmente às 21h 21 do dia 10/10/2019) 

    (Brasília-DF, 11/10/2019)  O leilão agendado nesta quinta-feira,10, da exploração petrolífera na região próxima do Parque Nacional de Abrolhos, na Bahia, não teve nenhum lance.    Tudo por conta de decisão do juiz Rolando Spanholo, juiz da 21ª Vara federal do Tribunal Regional Federal (TRF/ 1ª Região)  que colocou sub judice o leilão e mandou informar as empresas interessadas em comprar às jazidas de petróleo e gás.

    Procurado pela reportagem para comentar o assunto, o ex-governador baiano e senador Jacques Wagner (PT-BA) disse que a região precisa de cuidado e atenção. Segundo ele, “Abrolhos é um santuário”. A decisão do juiz de Brasília acatou, em parte, o pedido impetrado em abril pela Rede Sustentabilidade que requeria o cancelamento da licitação por entender  que área onde se encontram as novas jazidas de petróleo e gás do Pré-Sal se localizam numa Área de Proteção Ambiental (APA).

    Na sentença, no entanto, a justiça deliberou que seria importante os interessados em adquirir a área deveriam ser informados do questionamento de Abrolhos estar, ou não, numa APA. Neste mesmo sentido, Wagner se manifestou. Apesar de concordar que a exploração da região proporcionará avanço econômico, ele reconhece que o local pertence a um ecossistema frágil.

    “Eu acho, é óbvio que Abrolhos é um santuário. E, portanto, eu sei porque fui governador, visitei Abrolhos e lá tem uma base muito pequena da Marinha para a proteção e é um santuário praticamente intocável. Até as visitas que se faz de barco tem uma série de limitações, porque é um dos corais mais extensos e mais bonitos do mundo”, comentou o ex-governador.

    “E ali, além de tudo, é onde se faz a reprodução de baleias. As baleias na época da procriação vão lá e é um espetáculo belíssimo. Então o que tiver que ser explorado [precisa cuidado]. O leilão, [não] quer dizer que está feito. Porque vai ter que depois a licença ambiental”, complementou.

    (por Humberto Azevedo, especial para Agência Política Real, com edição de Genésio Jr.)


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