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Nordestinas
  • 09/08/2019 07h37

    PREVIDÊNCIA: “Nós estamos tirando da barriga do povo brasileiro para tapar o buraco da União”, afirma senador Rogério Carvalho

    Vice-líder do PT enfatizou que economia de R$ 933 bilhões com a reforma da Previdência aprovada pelos deputados e, agora, em debate no Senado, está sustentada pelo Regime Geral
    Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

    Rogério Carvalho diz que Tasso Jereissati não vai mudar nada do que veio da Câmara

    ( Publicada originalmente às 20h00 do dia 08/08/2019) 

    (Brasília-DF, 09/08/2019) O vice-líder do PT no Senado, Rogério Carvalho (PT-SE), afirmou nesta quinta-feira, 8, que a pressa e a celeridade que o governo quer dar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 06/19 que reforma o sistema previdenciário nacional só está servindo para tirar da “barriga do povo brasileiro” os recursos necessários para tapar o “buraco” e rombo da União.

    O petista sergipano enfatizou que economia de R$ 933 bilhões com a reforma da Previdência aprovada pelos deputados e, agora, em debate no Senado, é sustentada pelo Regime Geral de Previdência Social (RGPS) que cuida das aposentadorias dos trabalhadores da iniciativa privada.

    Na oportunidade, ele provocou o relator da iniciativa no Senado – Tasso Jereissati (PSDB-CE) – que não terá “grandes trabalhos” para apresentar o seu relatório sobre a matéria aprovada pela Câmara e relatada pelo deputado Samuel Moreira (PSDB-SP). “Ele [Tasso] vai apresentar o mesmo relatório que veio da Câmara”, comentou.

    “E o que o governo quer é que não se mexa no relatório que veio da Câmara para não ter que voltar o debate para a Câmara. Se o Senado vai abrir mão de discutir um tema tão relevante, tão importante para a sociedade brasileira, nós vamos pagar para ver nos próximos dias se isso vai acontecer”, falou.

    “Até porque do R$ 933 bilhões de economia, segundo o relatório da reforma da Previdência, 70% sai do Regime Geral. E o Regime Geral pelo que consta é o regime que conta com os mais pobres e que é o sistema que cuida da proteção social dos brasileiros mais pobres. [Apenas] 17% somente vem do Regime de Previdência [dos servidores] da União”, lamentou.

    Distribuição de emendas

    O petista aproveitou também para perguntar se a aprovação do texto que reforma à Previdência no Senado terá, assim como na Câmara – segundo ele, o uso de liberação de emendas parlamentares para conseguir obter o apoio em torno do projeto.

    “Então nós estamos tirando da barriga do povo brasileiro para tapar o buraco da União que é o seu rombo previdenciário e do seu déficit que é o regime próprio de Previdência. Então, esse debate, o Senado precisa fazer e olhar para a sociedade e dizer o que estão fazendo os senadores e senadoras que foram eleitos, motivados pela nova política”, provocou mais uma vez.

    “Será que aqui nós vamos ter o que tivemos na Câmara com a distribuição de recursos, através de emendas, para garantir a aprovação célere, e a não discussão da reforma da Previdência?”, indagou.

    Estados

    Sobre a inclusão de estados e municípios na reforma da Previdência, Carvalho afirmou que se houver acordo com os governadores para que isso aconteça, então essa decisão será tomada. “Isso só vai acontecer se os estados tiverem interesses e se houver um acordo”, falou.

    “A maior parte dos parlamentares que eu diálogo como presidente da Frente Norte, Nordeste e centro-Oeste tem um entendimento da necessidade de recursos para garantir a salvação fiscal dos estados que incluem aí encontrar um caminho para esse déficit previdenciário dos estados”, complementou.

    (por Humberto Azevedo, especial para Agência Política Real, com edição de Genésio Jr.)


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