( Publicada originalmente às 21h 56 do dia 05/08/2019) 

(Brasília-DF, 06/08/2019) O PSDB é um partido que tem sido decisivo para as reformas constitucionais neste ano de 2019 - membros do agremiação estiveram à frente da reforma da Previdência, tanto na Câmara como estará no Senado, também deverá estar à frente da discussão da reforma tributária no Senado. Apesar dessa união num tema que lhe é historicamento caro, o partido está cada vez mais dividido sobre o apoio ao Governo Bolsonaro. Isso fica cada vez mais flagrante, devendo chamar atenção no segundo semestre do ano político em Brasilia.  Dois dos mais importantes nomes do partido no Senado, o senador Tasso Jereissati(PSDB-CE) e o senador Roberto Rocha(PSDB-MA) têm posições diversas sobre o novo governo e o próprio Presidente da República.

Na semana passada, o presidente Bolsonaro, em uma live no facebook fez referências elogiosas ao senador Roberto Rocha ao falar sobre o acordo do Brasil com os Estados Unidos sobre a Base de Alcântara( MA). Por outro lado, na sexta-feira, 2, passada o senador Tasso Jereissati, durante um evento de relançamento do “Nordeste Forte” na Federação das Indústrias do Ceará, em Fortaleza, com lideranças regionais da indústria disse que  “efetivamente, o Nordeste não dá prioridade para o governo Bolsonaro”.

MARANHÃO

Enquanto isso, também na sexta-feira, 2, o senador tucano maranhense num evento a convite do presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), General João Carlos Jesus Corrêa, na sede da superintendência local na cidade de S!ao Luís(MA). Roberto Rocha fez questão de elogiar o Governo Bolsonaro que estaria tendo um olhar especial para o Maranhão.

O senador Roberto Rocha destacou de forma positiva a iniciativa do INCRA, lembrando que a grande quantidade de pessoas na zona rural não tem onde morar e produzir : “ Eu vejo essa política pública aqui desenvolvida pelo Incra com muita alegria e com muito entusiasmo, porque o Maranhão, além de ser muito grande, tem a maior população rural do Brasil. Dos quase um milhão de assentados do país, o nosso estado tem 130 mil assentados. Portanto, nós temos mais de 10% desse universo, e precisamos, sim, de uma atenção especial”, enfatizou Rocha, que ainda sugeriu ao presidente do Incra, investimentos em modernas tecnologias de georreferenciamento, fazendo uso do satélite do governo federal, de forma a proporcionar excelência no trabalho de titulação.

A iniciativa proveniente da Operação “Luz no Fim do Túnel”, desenvolvida pelo INCRA, tem o objetivo de ampliar a emissão de títulos definitivos a beneficiários da reforma agrária em todo o Brasil. Ocorrida em três estados da federação, Sergipe, Pernambuco e Maranhão, a ação de entrega dos títulos concentrou o maior número de assentados favorecidos no Maranhão: 1.570 títulos em 23 municípios.

O Presidente do INCRA, João Carlos Jesus Correa, em sua fala, relatou o trabalho da operação “Luz no Fim do Túnel”, que tem priorizado os estados da região Norte-nordeste. Segundo ele, das 236 mil famílias nordestinas, apenas 5% possuía títulos de terra definitivos, ou seja, 12 mil famílias. “Essa equação nefasta vem sendo mudada pelo trabalho que estamos realizando no INCRA. Há duas semanas, realizamos o início da operação “Luz no Fim do Túnel”, em um esforço com prioridade no Nordeste, em sistema de mutirão, para aumentar a quantidade de titulações. O Maranhão encontra-se entre a Amazônia e o Nordeste, ele integra os dois lados dessa enorme área nacional carente e abandonada ao longo dos últimos anos. Nós estamos mudando essa realidade”.

O senador Roberto Rocha ressaltou a deferência do governo federal em relação ao Maranhão.

“Eu não poderia deixar de dar esse testemunho do trabalho do governo federal que vejo em Brasília, do empenho e da boa vontade de fazer esse país acertar. E dentro desse contexto, há um olhar muito especial ao Maranhão. O presidente Jair Bolsonaro determinou que o Incra tivesse esse olhar especial. Por isso o presidente da instituição se encontra aqui em nosso estado”, ressaltou.

( da redação com informações de assessoria. Edição: Genésio Araújo Jr)