( Publicada originalmente às 07h 08 dp did a03/08/2019) 

(Brasília-DF, 05/08/2019) O recesso parlamentar oficialmente acabou, mas a maioria dos políticos não retornaram a Capital Federal, mas o líder da Oposição no Senado Federal, senador Humberto Costa(PT-PE), ao destacar uma questão que está atingido a questão hídrica vê discriminação com o Nordeste.

A paralisação do fornecimento de água no Eixo Leste da Transposição do Rio São Francisco, há cerca de seis meses, seria uma forma de discriminar o Nordeste. Segundo o parlamentar, há um descaso do governo com a maior obra de infraestrutura hídrica do Brasil. O projeto pretende beneficiar 7,1 milhões de pessoas de 223 municípios do Nordeste.

A interrupção no abastecimento se deu na cidade de Monteiro, primeira cidade da Paraíba a receber as águas da transposição, em março de 2017. No entanto, desde o final de fevereiro deste ano, os moradores da região só recebem água em casa por meio de caminhões-pipa.

"A discriminação contra o Nordeste permanece agora no que diz respeito à Transposição do Rio São Francisco. Com a obra, pessoas que convivem com a dura realidade da seca passaram a viver com mais dignidade. Mas Bolsonaro parece determinado a destruir tudo o que temos de bom. O governo alega que é um problema técnico,  mas, na verdade, é mais uma demonstração do descaso com que Bolsonaro trata os nordestinos", afirmou o senador.

PRIVATIZAÇÃO

Humberto também criticou a possibilidade de privatização da Transposição, ventilada pelo governo Jair Bolsonaro.

"O governo diz que não vai haver investimento público em obras que tenham como finalidade o abastecimento de água no Nordeste e defende um processo de privatização. Mas é importante lembrar que, se houver a privatização, com toda a certeza, quem vai pagar essa conta é a população do semiárido. E isso vai impactar diretamente no custo de vida e na economia de uma região já tão sofrida. Mas não vamos permitir. Vamos estar na luta contra mais essa tentativa de ataque ao povo do Nordeste", afirmou.

CORTE DE INVESTIMENTOS

O senador ainda criticou o governo por cortar linhas de financiamento para a região. Segundo levantamento, apenas 2,2% dos empréstimos realizados pela Caixa Econômica Federal foram concedidos ao Nordeste na gestão de Bolsonaro.

"O corte da Caixa Econômica vem de uma determinação do Governo Federal. Em um momento de dificuldade, de recessão, em que o Nordeste vem sofrendo na pele, a falta de investimentos significa privar o povo nordestino de recursos necessários para o desenvolvimento da região. É mais uma ação cruel e discriminatória do presidente", sentenciou.

( da redação com informações de assessoria. Edição: Genésio Araújo Jr)