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Nordestinas
  • 30/07/2019 07h39

    Após fala de Bolsonaro, OAB diz que Presidente tem a obrigação, como todos os brasileiros, de respeitar a dignidade humana e a memória ds mortos

    Toda a estrutura da OAB assina nota que se solidariza com Felipe Santa Cruz
    Foto: site da OAB

    OAB, sua sede em Brasília, virou alvo do Presidente da República - divulga nota de repúdio

    ( Publicada originalmente às 16h 06 do dia 29/07/2019) 

    (Brasília-DF, 30/07/2019) O Presidente Jair Bolsonaro ao criticar a Ordem dos Advogados do Brasil(OAB) e o presidente da entidade, o advogado Felipe Santa Cruz, sugeriu que sabia detalhes da morte do pai dele, Fernando Santa Cruz, desaparecido na época da ditadura militar de 1964.  A Ordem dos Advogados do Brasil através de sua diretoria, conselho federal e conselho de presidentes divulgou nota nesta tarde para repudiar a fala do Presidente da República.

    Na nota a OAB salienta que o Presidente Bolsonaro, como todo brasileiro deve repeitar “a dignidade da pessoa humana, na qual se inclui o direito ao respeito da memória dos mortos”.

    A OAB diz que vai ser manter firme na defeaa de democracia. “A Ordem dos Advogados do Brasil, órgão máximo da advocacia brasileira, vai se manter firme no compromisso supremo de defender a Constituição, a ordem jurídica do Estado Democrático, e os direitos humanos, bem assim a defesa da advocacia, especialmente, de seus direitos e prerrogativas, violados por autoridades que não conhecem as regras que garantem a existência de advogados e advogadas livres e independentes.’, diz parte da nota.

    Veja a íntegra a OAB:

    Segunda-feira, 29 de julho de 2019 às 15h 16

    A Ordem dos Advogados do Brasil, através da sua Diretoria, do seu Conselho Pleno e do Colégio de Presidentes de Seccionais, tendo em vista manifestação do Senhor Presidente da República, na data de hoje, 29 de julho de 2019, vem a público, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo artigo 44, da Lei nº 8.906/1994, dirigir-se à advocacia e à sociedade brasileira para afirmar o que segue:

    1.    Todas as autoridades do País, inclusive o Senhor Presidente da República, devem obediência à Constituição Federal, que instituiu nosso país como Estado Democrático de Direito e tem entre seus fundamentos a dignidade da pessoa humana, na qual se inclui o direito ao respeito da memória dos mortos.

    2.    O cargo de mandatário da Chefia do Poder Executivo exige que seja exercido com equilíbrio e respeito aos valores constitucionais, sendo-lhe vedado atentar contra os direitos humanos, entre os quais os direitos políticos, individuais e sociais, bem assim contra o cumprimento das leis.

    3.    Apresentamos nossa solidariedade a todas as famílias daqueles que foram mortos, torturados ou desaparecidos, ao longo de nossa história, especialmente durante o Golpe Militar de 1964, inclusive a família de Fernando Santa Cruz, pai de Felipe Santa Cruz, atingidos por manifestações excessivas e de frivolidade extrema do Senhor Presidente da República.

    4.    A Ordem dos Advogados do Brasil, órgão máximo da advocacia brasileira, vai se manter firme no compromisso supremo de defender a Constituição, a ordem jurídica do Estado Democrático, e os direitos humanos, bem assim a defesa da advocacia, especialmente, de seus direitos e prerrogativas, violados por autoridades que não conhecem as regras que garantem a existência de advogados e advogadas livres e independentes.

    5.    A diretoria, o Conselho Pleno do Conselho Federal da OAB e o Colégio de Presidentes das 27 Seccionais da OAB repudiam as declarações do Senhor Presidente da República e permanecerão se posicionando contra qualquer tipo de retrocesso, na luta pela construção de uma sociedade livre, justa e solidária, e contra a violação das prerrogativas profissionais.

    Brasília, 29 de julho de 2019

    Diretoria do Conselho Federal da OAB

    Colégio de Presidentes da OAB

    Conselho Pleno da OAB Nacional

    ( da redação com informações de assessoria. Edição: Genésio Araújo Jr)

     

     


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