( Publiada originalmente às 13h00 do dia 15/07/2019) 

( reeditado) 

(Brasília-DF, 16/07/2019) O presidente Jair Bolsonaro (PSL) voltou a Câmara dos Deputados na manhã desta segunda-feira, 15, para participar da sessão solene que  homenageou os 17 anos do Comando de Operações Especiais do Exército Brasileiro. Apenas parlamentares do PSL, partido dele, também participaram. Ele falou da necessidade do país precisar de uma “quimioterapia” para solucionar os brasileiros. Essa é a segunda vez que o presidente da República vem participar de eventos na Câmara Federal se deslocando à pé e fora da agenda oficial.

O agrupamento militar homenageado é subordinado ao Comando Militar do Planalto e tem como objetivo o planejamento, o preparo e o emprego das ações terrestre das Forças Armadas. Bolsonaro fez questão de lembrar a sua passagem pelo parlamento, de 1991 a 2018. E de que fazia parte do “baixo clero”, grupo de parlamentares que não tem muito destaque na mídia ou nas decisões da Casa.

Esse foi o único trabalho do legislativo nesta semana. Todos os demais foram todas cancelados, inclusive os trabalhos da comissão mista de Orçamento que precisaria deliberar o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2020. Os trabalhos serão retomados a partir do dia 6 de agosto. Tanto a votação em segundo turno da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 06/19 que reforma o sistema previdenciário nacional, quanto as demais atividades parlamentares.

“Aqui foi meu teatro de operações. Muitos embates e discussões, quase 30 processos de cassação (nenhum por cassação). Aqui fizemos nossa base. Sou do baixo clero, sem nenhum problema. Mas, é um sinal que todos têm espaço nesse maravilhoso Brasil. Meus amigos das Forças armadas, feliz é a nação que tem as forças armadas e as forças auxiliares comprometidas com a democracia e a liberdade”, iniciou.

“Mesmo com o sacrifício da própria vida ou com a destruição da própria reputação. É o preço que pagamos para que o Brasil tenha um povo que possa seguir o seu destino. É esse povo que nós devemos nossa absoluta lealdade. Respeitamos todas as demais instituições.  A nossa missão é entregar para quem nos suceder um Brasil melhor que o de agora. Temos um problema a resolver e estamos tratando com os parlamentares. O Brasil precisa de uma quimioterapia para que não pereça. Estamos fazendo ela juntos. Alguns poucos ainda reagem, mas serão convencidos pelo povo e pela maioria dessa Casa”, completou.

Presidente na Mesa da Câmara que organizou a sessão solene desta segunda-feira,15

Além das presenças dos poucos parlamentares como o líder do governo na Câmara, Major Vítor Hugo (PSL-GO), Coronel Chrisóstomo (PSL-RO), Carla Zambelli (PSL-SP), o filho do presidente indicado pelo próprio pai para a embaixada nos Estados Unidos – Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), Guilherme Derrite (PP-SP), Eli Borges (SD-TO), Marco Feliciano (Podemos-SP), General Peternelli (PSL-SP), Capitão Alberto Neto (PRB-AM), Sanderson (PSL-RS), também compareceram o general Mário Fernandes comandante do Comando de Operações Especiais e os ministros general Ramos, da Secretaria de Governo, e André Mendonça, da Advocacia-Geral da União (AGU).

Veja a íntegra da fala presidencial:

“Aqui foi meu teatro de operações. Muitos embates e discussões, quase 30 processos de cassação (nenhum por cassação). Aqui fizemos nossa base. Sou do baixo clero, sem nenhum problema. Mas, é um sinal que todos têm espaço nesse maravilhoso Brasil.

Meus amigos das Forças armadas, feliz é a nação que tem umas forças armadas e forças auxiliares comprometidas com a democracia e a liberdade. Mesmo com o sacrifício da própria vida ou com a destruição da própria reputação. É o preço que pagamos para que o brasil tenha um povo que possa seguir o seu destino. É esse povo que nós devemos nossa absoluta lealdade. Respeitamos todas as demais instituições. 

Meus querido ministros, escolhidos por mim, [é uma satisfação tê-los na linha de frente.. Muitos abdicaram para estar nessa jornada. A nossa missão é entregar para que nos suceder um Brasil melhor que o de agora.

Temos um problema a resolver e estamos tratando com os parlamentares. O Brasil precisa de uma quimioterapia para que não pereça. Estamos fazendo ela juntos. Alguns poucos ainda reagem, as serão convencidos pelo povo e pela maioria dessa casa. Deputados e senadores, nós juntos poderemos sim mudar o destino do brasil. Sou mais ousado: nós mudaremos o destino do Brasil!

Conheço essa casa, saí dela, mas ela continua aqui. Gostaria de estar aqui em momentos quentes como os que têm sido vividos para subir ao microfone, mas, até pela posição que ocupo, tenho que me calar. E há até uma passagem bíblica nesse sentido: hora de aflar e hora de calar.

O que mais quero é colocar o Brasil no local de destaque que ele merece no cenário mundial. Por vezes temos que tomar decisões que não agradam a todos, como a possibilidade de indicar para a embaixada dos EUA um filho meu, tão criticada pela mídia. Se está sendo criticada é sinal que esta é a pessoa adequada. (APLAUSOS)

É bom estar entre amigos e aqui, onde esses amigos têm um coração verde e amarelo e que pulsa pela sua pátria. Fiquei de efetivo serviço por 15 anos no Exército, sendo 4 na brigada paraquedista, 3 na fronteira e, em grande parte usados nessa casa aprendi nos bancos escolares lá atrás: que sempre estiveram presentes nos momentos de tomar decisões. Os ensinamentos da caserna nos são muito caros e nós aprendemos cada vez mais, ao respeitar a nossa instituição, que ela sim está a se4rviço do brasil.

Meus ministros, pro procedência, Fernando, contemporâneo das Agulhas Negras, sempre disse na pré e na campanha que na Defesa tínhamos que ter um oficial general de 4 estrelas. Sou muito feliz e as FA e o brasil agradecem a sua presença. Prezado General Augusto Heleno, quiséramos nós ter ao seu lado uma pessoa do seu gabarito, da sua vida preguessa,  eexperiência para nos assessorar nos momentos difíceis que temos pela frente. Prezado General Ramos, ministro Chefe da SEGOV, meu colega de escola preparatória de... do exército de 1973. Você daqui a pouco vai dizer que era feliz CMSE e não sabia. Aqui a oração do PQD:q eu a luta e a tormenta cada vez calará mais alto na sua alma,. Mais essa luta vai valer. Prezado Major Jorge, o conheci pelo seu pai que há 20 anos trabalhou comigo, muito obrigado por ter aceitado essa missão e está comigo na Secretaria geral da Câmara..

Lá na ponta direita.. prezado André Mendonça, ministro-chefe da AGU, um ministro terrivelmente evangélico (aplausos), assim como nós somos terrivelmente patriotas, muito obrigado por ter aceitado essa missão. General Mora, não é colega de turma, mas por 5 anos tive aqui ao meu lado como assessor parlamentar do exército. Prezado general Mario, comandante do Grupamento de Operações Especiais, obrigado pela presença. Ministra Tereza Cristina, aqui na minha frente, uma das grandes artífices esse nosso acordo Mercosul-União Europeia e quando digo que essa ministra junto com a Damares valem por 10 ministros, nenhum ministro discorda disso. Tenho vários parlamentares aqui e seria injustiça com os demais esquece-los. Mas vou citar aqui o marco Feliciano, em nome do qual saúdo a todos os deputados. Estivemos em uma trincheira muito explosiva e violenta aqui na Câmara, onde juntos começamos a mostrar ao Brasil que o bem maior que nós temos aqui são os valores familiares. Uma família estruturada é paz em casa e sucesso para uma nação.

Meus amigos das Operações Especiais, não cheguei até lá´. Tentei por duas vezes fazer o curso de comandos, mas nos exames preparatórios (que não foram os físicos) fui deixado para trás. Gostaria de ter tentado o curso, mas não tive sucesso. Mas estamos juntos nessa missão de bem zelar pelo país.

Sabemos que boa parte da missão de vocês ninguém toma conhecimento. Melhor que uma boa informação é saber como utiliza-la. Melhor que uma boa operação é ter meios pela dissuasão de que o inimigo não ouse nos afrontar. Meus parabéns e meu reconhecimento a todos vocês.

Indo para a despedia ouvirei dois parlamentares falarem (um homem e uma mulher), que se seguem

Assim como saída Câmara, mas a Câmara não saiu de mim, digo a todos que deixei o Exército em 1988, mas o Exército não me deixou. Estou muito feliz com minha vida pregressa, com todo que me aconteceu, mesmo algo um tanto quanto esquisito lá atrás, mas serviu para ensinamento e para chegarmos até aqui e juntos, pois ninguém faz nada sozinho, possamos fazer o melhor pelo nosso Brasil. Meu reconhecimento a todos vocês e minha eterna continência.

(por Humberto Azevedo, especial para Agência Política Real, com edição de Genésio Jr.)