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Nordestinas
  • 12/07/2019 08h20

    ESTADOS UNIDOS/BRASIL: Convidado pelo pai para ser embaixador do Brasil nos EUA, Eduardo Bolsonaro afirma que até domingo dirá se aceita, ou não

    Caso aceite a indicação, ele que foi o deputado federal mais votado nas eleições de 2018 terá que renunciar ao mandato para assumir a embaixada brasileira nos Estados Unidos
    Foto: site Midiamax

    Eduardo Bolsonaro poderá ser embaixador do Brasil nos Estados Unidos

    ( Publicada originalmente às 21h 47 do dia 11/07/2019) 

    (Brasília-DF, 12/07/2019) Convidado pelo pai - presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL) – para ser o embaixador do Brasil nos Estados Unidos da América (EUA), o deputado e presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CREDN) da Câmara, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), afirmou nesta quinta-feira, 11, que até o próximo domingo, 14, dirá se aceita, ou não, o cargo de representante máximo do Brasil naquele país.

    A escolha do pai pelo nome do filho aconteceu coincidentemente na data em que o parlamentar completa 35 anos, idade mínima para que alguém possa assumir o cargo na diplomacia brasileira. Ao comentar isso, disse ele: “parece que papai do céu está e fez a gente no ano certinho para a gente completar as idades mínimas no futuro”.

    “É uma coincidência, assim como foi uma coincidência o vereador Carlos Bolsonaro ter 17 anos quando foi eleito vereador do Rio de Janeiro (RJ) e completou 18 em dezembro, tomando posse em janeiro”, comentou.

    “Eu agradeço [o convite], espero que na próxima reunião nós vamos conversar para ver se a gente concretiza, ou não, isso que agora para mim é ainda uma possibilidade. Eu espero encontrar com ele e conversar juntamente com o chanceler Ernesto Araújo. [O encontro] ainda não tem data, mas não passa deste final de semana”, falou.

    NEPOTISMO

    Caso aceite a indicação, ele que foi o deputado federal mais votado nas eleições de 2018 terá que renunciar ao mandato para assumir a embaixada brasileira nos Estados Unidos. Antes, porém, ele terá que ter seu nome aprovado pelos senadores. E aí, ainda, terá que lutar na justiça para que a sua indicação feita pelo próprio pai não seja entendida como um caso de nepotismo.

    Após o convite de Bolsonaro pai para o Bolsonaro filho ser embaixador nos EUA ter se tornado público, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF, Marcos Aurélio Mello, avaliou que a iniciativa é um “tiro no pé” e um “péssimo exemplo”. “O exemplo vem de cima. Ele chegou para nos governar e governar bem, não para proporcionar o Estado aos familiares”, falou.

    Em resposta, o filho do presidente afirma que o convite feito pelo próprio pai a ele para se tornar embaixador não se enquadra como nepotismo.

    “[Isso] cabe aos advogados recorrerem aos dados, estudar a súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal, mas a primeira análise que nós fizemos aqui, junto a minha assessoria, é que não se enquadraria nisso. Seria uma indicação igual como uma indicação de um presidente indicar um ministro [de Estado] e que estaria fora da questão do nepotismo”

    OLAVO DE CARVALHO

    Caso seja confirmado no posto, o filho do presidente falou na possibilidade de ter o escritor e professor Olavo de Carvalho como seu “conselheiro”. Carvalho é tido como o principal ideólogo da família Bolsonaro e também do ministro da Educação, Abranham Weintraub. Mas, também, vem se contrapondo e se tornando o principal algoz dos vários militares que compõem o governo.

    Olavo de Carvalho já chegou a trocar insultos e polêmicas com o vice-presidente, general Hamilton Mourão (PRTB), com o ex-secretário de Governo – general Santos Cruz, e com o ex-comandante do Exército Brasileiro, general Villas Bôas, atualmente assessor do ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno.

    “Eita! Boa pergunta. (Risos) O Olavo de Carvalho certamente serve como conselheiro, independente, eu não tenho contato diário com ele. Nós não nos falamos por telefone diariamente, mas certamente é uma referência, é uma pessoa que eu tenho carinho e serve como conselheiro, independente de estar dentro, ou fora, do governo. dentro, ou fora, de uma embaixada”, disse.

    “Mas é muito boa pergunta. Afinal ele mora ali na Virginia [um dos estados norte-americano], do lado de Washington [capital dos EUA – sede da embaixada]. Quem sabe futuramente venha se concretizar isso que hoje é uma possibilidade, a gente não venha fazer alguns churrascos e dar uns tiros no final de semana no quintal dele”, completou.

    (por Humberto Azevedo, especial para Agência Política Real, com edição de Genésio Jr.)

     


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