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Nordestinas
  • 13/06/2019 08h06

    TRÉGUA: Em meio a novo momento nacional de acirramento, Jarbas Vasconcelos defende que é preciso uma trégua

    Veja a íntegra do discurso
    Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

    Jarbas Vasconcelos disse que não é azul nem encarnado

    ( Publicada originalmente às 20h 32 do dia 12/06/2019) 

    (Brasília-DF, 13/06/2019) O senador Jarbas Vasconcelos(MDB-PE) foi a tribuna falar que na disputa entre grupos políticos que não páram de ocorrer no país, justo neste momento de baixa economia e dificuldades nacional só quem perde é o povo brasileiro. Ele defende uma trégua

    “É preciso, Sr. Presidente, um mínimo momento de trégua. Não é possível manter conduta de pastoril e somente enxergar a disputa entre o azul e o encarnado. Estamos vivendo como se estivéssemos em um terceiro turno eleitoral sem pilares programáticos e sem uma agenda de trabalho clara. Estamos banalizando o mundo real, detratando o futuro e as próximas gerações. O que temos em curso é uma queda de braço onde quem perde, e perde sempre, é o povo. Sim, sempre o nosso povo, parcela majoritária sofrida e carente de dias melhores.”, disse na tribuna do Senado na tarde dessa quarta-feira, 12.

    Veja a íntegra da fala do senador pernambucano:

    O SR. JARBAS VASCONCELOS (Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - PE. Para comunicação inadiável.) – Sr. Presidente, Sras. Senadoras, Srs. Senadores, depois de quase 50 anos dedicado à causa pública, tenho testemunhado e participado diretamente de diferentes encruzilhadas nos regimes políticos experimentados em nosso País desde os tempos sombrios da ditadura.

    Posso assegurar a V. Exa. que, embora o caminho seja duro e penoso, a reconquista da nossa democracia é o melhor e o mais justo contrato social firmado em favor do povo brasileiro.

    Não foi fácil, Sras. Senadoras e Srs. Senadores, chegarmos até aqui. Passamos por duras lutas, desassossegos, incompreensões e até intolerâncias, mas sobrevivemos na essência e mantivemos o pacto político social vivo.

    Dito isso, Sras. Senadoras e Srs. Senadores, reconheço, na maturidade do tempo vivido, a difícil realidade de reviver uma quadra política de contestações e bravatas radicais que nos levaram a perder o rumo que o País clama. São palavras mal usadas e conceitos perdidos que favorecem um ambiente confuso e sem rumo de parte a parte.

    É preciso, Sr. Presidente, um mínimo momento de trégua. Não é possível manter conduta de pastoril e somente enxergar a disputa entre o azul e o encarnado. Estamos vivendo como se estivéssemos em um terceiro turno eleitoral sem pilares programáticos e sem uma agenda de trabalho clara. Estamos banalizando o mundo real, detratando o futuro e as próximas gerações. O que temos em curso é uma queda de braço onde quem perde, e perde sempre, é o povo. Sim, sempre o nosso povo, parcela majoritária sofrida e carente de dias melhores.

    A energia de que precisamos neste momento, deixando de lado interesses pessoais e partidários, deve ser voltada para a construção de consensos mínimos da governabilidade e na harmonia do ambiente produtivo. É preciso ter grandeza e sabedoria para ceder em favor da maioria. Temos que focar na política fiscal, nas reformas necessárias, na produtividade dos setores econômicos e num plano nacional de educação que perpasse gestões de governo e funcione como um pilar do nosso Estado brasileiro. Nada é mais inclusivo do que a educação básica e sua cadeia complementar de conhecimento e formação continuada.

    Por isso, Sr. Presidente, Sras. Senadoras e Srs. Senadores, precisa ser feito também no campo social. Temos que cuidar dos que perderam a capacidade de competir e se encontram marginalizados em suas próprias desgraças, que, no fundo, representa também o nosso fracasso, já que somos seus representantes aqui no Congresso Nacional. Não há tempo mais para espera. A transformação pede passagem. É preciso que todos desçam dos seus palanques e se unam em favor dos interesses do nosso povo. O futuro, Sr. Presidente, Srs. Senadores, o futuro é hoje e agora.

    Por isso, Sr. Presidente, quero agradecer a sua benevolência, a sua atenção e deixar aqui a minha palavra que sempre é uma palavra de esperança, esperança no próprio Congresso Nacional, no Senado da República e, sobretudo, na capacidade do povo brasileiro.

    ( da redação com informações da taquigrafia do Senado. Edição: Genésio Araújo Jr)


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