( Publicada originalmente às 15h 41 do dia 11/06/2019) 

( reeditado) 

(Brasília-DF, 12/06/2019) A Política Real depois de ouvir Wellington Dias, do Piauí, ouviu dois governadores de pólos diversos da política nacional. O tucano João Dória, de São Paulo, que defende integralmente a proposta que vem sendo conduzida pelo seu correligionário, deputado Samuel Moreira(PSDB-SP), que comanda a relatoria na Comissão Especial da Previdênia, e o governador do Ceará, o petista Camilo Santana.

O petista fala em reforma justa, ressaltou os pontos polêmicos que deverão ser retirados do texto enquanto Dória, que vem sendo criticado por alguns setores por forçar que os governadores aceitam a reforma que tem sido proposta pelo Planalto, afirmu que não viu manifestações de governadores contrários. Dos 27 estados, os estados nordestinos do Maranhão, Sergipe, Paraíba e Pernambuco não enviaram seus governadores, mas vieram alguns vices ou secretários de Fazenda.

SANTANA

O governador Camilo Santana defendeu uma reforma da Previdênica que seja justa.

“Estamos aqui em um momento importante em que se debate no Congresso Nacional um tema que é crucial, que é a reforma da Previdência. Estamos lutando por uma reforma justa, que possa tirar privilégios, mas garantir que não mexa com os mais pobres desse país e dos estados da Federação. Esse tem sido sempre o meu discurso em relação a essa proposta da reforma para que possa gerar o equilíbrio tão necessário ao Brasil e à retomada do crescimento”, disse Camilo Santana.

Durante o fórum, alguns temas específicos que mexem com determinados grupos e que no entendimento dos presentes não devem sofrer alterações do modelo atual de aposentadoria foram debatidos.

Sanuel Moreira e Rogério Marinho estiveram com os governaeores neste 11 de junho 

“Nós colocamos claramente os pontos que são discordantes. Não mexer no Benefício de Prestação Continuada de idosos e deficientes que recebem um salário mínimo, que são as pessoas mais pobres do Brasil. Mexer com a aposentadoria rural nós também não concordamos. Retirar (da proposta) as questões da desconstitucionalização – garantindo que toda mudança na Previdência seja através de emenda à Constituição – e também da capitalização – defendendo um modelo de aposentadoria complementar com repartição e que continue a contribuição pelo lado patronal. Além disso, rever as mudanças para os professores, principalmente para as professoras, cuja proposta é aumentar em 15 anos a contribuição”, detalhou Camilo Santana.

Segundo o governador, “o próprio relator (da proposta) e o presidente da Câmara enxergam a necessidade de rever todos esses pontos e se isso for reconsiderado talvez haverá um consenso dos governadores na tentativa de garantir uma reforma que não prejudique os mais pobres e que retire privilégios”.
 

Santana disse que viu nessa reunião uma das melhores entre as que foram realizadas neste ano.

“Considero que foi uma das melhores reuniões que tivemos sobre o tema. Sempre defendo o diálogo como caminho para construir as soluções e é isso que a gente tem feito sempre no Ceará. Houve uma sinalização que esses pontos saindo da discussão nós conseguiremos avançar no projeto da reforma”, comunicou o chefe do Executivo cearense.

SÃO PAULO

O Governador de São Paulo, João Doria(PSDB) disse que o resultado da reunião foi positiva e houve avanço no diálogo entre os participantes.

“Não vi nenhuma manifestação contrária à inclusão de estados e municípios [na proposta da reforma da Previdência]. Me parece que esse é um ponto que uniu todos os governadores”, afirmou o Governador de São Paulo, em entrevista coletiva concedida ao final da reunião.

João Dória fala no Forum dos Governadores e disse depois que não viu falas contrárias a reforma

Doria afirmou que os governadores apresentaram os pontos que desejam discutir sobre o projeto elaborado pelo governo federal. Entre eles a Previdência Rural, o Benefício de Prestação Continuada (BPC), a participação de policiais militares e de professoras de magistério.

“Devo dizer que o relator foi sensível [aos pontos apresentados pelos governadores]. Evidentemente ele não se manifestou definitivamente porque cabe esse entendimento com os líderes, no colégio de líderes no Congresso Nacional. E todos os governadores respeitam e reconhecem isso. Mas houve gesto de boa vontade e de bom entendimento por parte do relator, deputado Samuel Moreira”, disse Doria.

O Governador de São Paulo reforçou que o posicionamento do Governo é favorável à aprovação da reforma.

“Nossa posição sempre foi apoiar a reforma da Previdência para que ela possa ser votada, votada favoravelmente. E com isso o Brasil ter uma reforma previdenciária e passar a crescer, gerando confiabilidade de investidores internacionais, gerando com isso mais investimentos, empregos e a recuperação econômica do país”, afirmou.

( da redação com informações de assessorias. Edição: Genésio Araújo Jr)