( Publicada originalmente às 21h 41 do dia 30/05/2019) 

(Brasília-DF, 31/05/2019) O prefeito de Salvador (BA) e presidente nacional dos Democratas (DEM), ACM Neto afirmou no final da manhã desta quinta-feira, 30, na convenção nacional do partido realizado na Câmara dos Deputados que “o Brasil não aguenta mais viver com crises”.

O discurso do soteropolitano encerrou o encontro da sigla partidária que aprovou por unanimidade uma moção de apoio a reforma do sistema previdenciário e em debate no parlamento com a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 06/19 encaminhada pelo governo do presidente Jair Bolsonaro que pretende estabelecer um novo modelo de Previdência Social ao país.

Entretanto, o partido continua independente do governo Bolsonaro, apesar de que três ministros pertençam aos quadros da legenda. Assim, não apoia a gestão que tem como ministro-chefe da Casa Civil o deputado federal licenciado, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), e os deputados – também licenciados – Henrique Mandetta (DEM-MS) no Ministério da Saúde e Tereza Cristina (DEM-MS) no Ministério da Agricultura.

“Além de presidente nacional deste partido, eu sou prefeito de uma capital brasileira profundamente marcada pelas desigualdades sociais e pela pobreza. Eu não governo no gabinete da prefeitura, eu governo nas ruas. E eu vejo com os meus olhos e sinto na minha pele os efeitos desta crise que se instalou no país de 2014 para cá. Crise que não só aprofunda a cada dia a pobreza e as mazelas sociais, mas crise que multiplica o desemprego”, destacando “que esta crise foi produzida pelo Partido dos Trabalhadores e por aqueles que irresponsavelmente governaram o Brasil”.

ACM Neto ao lado de Rodrigo Maia em momento de celebração durante a Convenção do DEM

“Eu conclamo a todos que não percamos tempo. Não dispersemos energia com aquilo que não vai nos levar a nada. Nós do Democratas estamos absolutamente comprometidos com o avanço da agenda das reformas. Agora depois da moção apresentada pelo Rodrigo [Maia, presidente da Câmara], um compromisso de que aqui estaremos para fazer avançar a reforma tributária, essencial tanto quanto a reforma da previdência e do Estado para destravar a economia e gerar um novo momento de crescimento da economia. Estaremos aqui para dar a nossa contribuição, cobrar maior efetividade do setor público. O país precisa fazer mais gastando menos. Para isso é preciso ter foco, prioridade e não existem duas, três ou quatro pautas prioritárias. Existe apenas uma que é o investimento no social e a superação das desigualdades”, complementou.

(por Humberto Azevedo, especial para Agência Política Real, com edição de Genésio Jr.)