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Nordestinas
  • 29/05/2019 07h32

    COAF: Alessandro Vieira lamenta que Bolsonaro se rendeu a pior forma de fazer política

    Senador sergipano afirmou que a bancada do Cidadania “decidiu aceitar o pedido respeitoso do presidente da República, mas faz questão de registrar que [Bolsonaro] erra”
    Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

    Senador Alessandro Vieira criticou Bolsonaro

    ( Publicada originalmente às 21h 06 do dia 28/05/2019) 

    (Brasília-DF, 29/05/2019) O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) lamentou na noite desta terça-feira, 28, que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) tenha se rendido “a pior na forma de fazer política” ao comentar a carta assinada pelo presidente pedindo que os senadores aprovassem o texto da Câmara à Medida Provisória (MP) 870 que retira o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do ministro Sérgio Moro.

    A MP 870 reestrutura e reorganiza as funções e os órgãos do governo federal e estabelece em 23 as pastas ministeriais. Caso o Senado altere o texto aprovado pelos deputados, a iniciativa corre o risco de perder a validade. Já que ela perde vigência na próxima segunda-feira, 03 de junho. A Câmara teria pouco dias para voltar a debater a matéria.

    “O Cidadania, com muito orgulho, assinou, subscreveu um destaque pela permanência do Coaf no Ministério da Justiça. Fez isso por coerência, por lógica, seguindo todas as orientações das pastas técnicas do próprio governo e da nossa base, ouvindo as vozes das ruas. Para a nossa surpresa, chega hoje uma carta do presidente da República, dos seus ministros talvez mais relevantes, pedindo o contrário do que pediram por dias, por semanas, por meses, pedindo que se aprove o Coaf no Ministério da Economia”, reclamou.

    “Essa carta é, de certa forma, inédita aqui. A última que chegou era uma renúncia. Eu quero deixar registrado que nós estamos recebendo hoje uma carta de rendição. Uma carta de rendição ao que você tem de pior na forma de fazer política, não de troca de cargos, de barganhas, mas a política feita de impostação, de enrolação em rede social e, na prática, o que a gente vê é isso que está aqui hoje”, lamentou.

    ERRO

    Apesar do lamento, o senador sergipano afirmou que a bancada do Cidadania “decidiu aceitar o pedido respeitoso do presidente da República, mas faz questão de registrar que [Bolsonaro] erra”. Segundo ele, “coerência não se vende na feira. Você não compra na gôndola do supermercado”, criticou a decisão presidencial.

    “Quem fez campanha defendendo o combate à corrupção tem que ter coerência daquilo que pensa. Estamos numa democracia, a política é feita por grupos. [O presidente] erra porque não está atribuindo as responsabilidades a quem de direito. A Câmara dos Deputados sentou nessa Medida Provisória por mais de 119 dias, 110, para ser mais justo. Temos tempo de sobra para fazer qualquer tipo de correção. Temos maioria seguramente”, completou.

    (por Humberto Azevedo, especial para Agência Política Real, com edição de Genésio Jr.)


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