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Nordestinas
  • 16/05/2019 07h20

    EDUCAÇÃO: Nordestinos, do PT ao PSDB, se unem nas críticas a Weintraub; apenas bolsonaristas defenderam o ministro

    Ministro apresentou dados que já tinha fornecido aos senadores, falou da necessidade de investir em educação básica e que os cortes anunciados são apenas “suspensões” momentâneas
    Foto: Alessandro Loyola/ flick PSDB na Câmara

    Pedro Cunha Lima, presidente da Comissão de Educação, fez críticas

    ( Publicada originalmente às 18h 31 do dia 15/05/2019) 

    (Brasília-DF, 16/05/2019) Vários deputados nordestinos subiram a tribuna do plenário Ulysses Guimarães nesta quarta-feira, 15, para criticar a decisão do ministro da Educação, Abranham Weintraub, de cortar até 30% das receitas das universidades brasileiras. Do PT ao PSDB. Apenas os deputados do PSL do presidente Jair Bolsonaro foram enfáticos na defesa ao ministro. A líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), ficou o tempo todo sentada ao lado do ministro.

    O primeiro a falar foi o deputado Pedro Cunha Lima (PSDB-PB), presidente da Comissão de Educação da Câmara. Segundo ele, o país tem problemas muito mais graves na educação do que enfrentar no momento uma pauta que apenas promove uma “guerra ideológica”. O tucano cobrou uma posição do Ministério sobre a renovação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

    “Agora, nesse contexto de guerra ideológica e de polarização que busca um revanchismo ideológico, para instrumentalizar o MEC nesse segmento e nesse propósito específico que joga uma fumaça nos nossos problemas reais, a Comissão de Educação não vai deixar de cumprir o seu papel de fazer resistência, de proteger o orçamento da educação e de esperar que o rumo dado seja soluções técnicas”, falou Cunha Lima.

    “Se o governo tem a necessidade de fomentar uma guerra ideológica não será no MEC. O MEC não tem espaço para isso. Nós temos problemas muito graves, muito sérios, para achar que o colapso educacional do nosso país é Paulo Freire. Os temas são urgentes. Há o tema do Fundeb. As questões são sólidas e técnicas. Os diagnósticos são escancarados e precisam de solução. Queremos ajudar a construir soluções, mas para isso não podemos sacrificar o orçamento do MEC”, complementou.

    SEM EXPLICAÇÃO

    Já o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), autor do requerimento que convocou o ministro para a comissão-geral disse que Weintraub não justificou as razões para que os cortes fossem realizados. O ministro apresentou apenas dados, que já tinha fornecido aos senadores, e a necessidade de investir em educação básica. Sobre os cortes anunciados falou que foram apenas “suspensões” momentâneas.

    “O ministro precisa fundamentar, justificar os cortes realizados no orçamento das universidades federais, nos institutos federais, os cortes realizados no orçamento da educação básica, naquilo que tem participação da União. Esta sessão não tem como objetivo conhecer o plano de governo apresentado pelo candidato a presidente da República”, falou o baiano Orlando Silva, eleito por São Paulo.

    “NÃO ENTENDE NADA”

    Por sua vez, o líder do PT, deputado Paulo Pimenta (RS), atacou o presidente Bolsonaro que chamou os manifestantes de “idiotas”. O petista afirmou também que o ministro “não entende nada” e “nem sabe” ler um gráfico.

    “Milhões de brasileiros e de brasileiras estão saindo às ruas em luta pela defesa do ensino público, gratuito no nosso País. O presidente da República, hoje, quando se refere a essas pessoas, chama o povo brasileiro, inclusive muitos eleitores seus, de idiotas, de imbecis. Eu creio que esse pensamento do Presidente da República com relação ao povo brasileiro é o mesmo pensamento que este ministro tem com relação a este plenário”, falou Pimenta.

    “Eu imaginei que ele [ministro] não entendia só de matemática, mas ele não entende de nada. Ele não sabe nem um gráfico. Ele mente de maneira descarada, interpreta os gráficos de maneira contrária e tenta esconder a realidade vivida pelo povo brasileiro, que teve, durante os governos do presidente Lula e da presidenta Dilma, a oportunidade de ver um filho e uma filha da classe trabalhadora, pela primeira vez, entrar numa universidade”, concluiu o líder do PT.

    (por Humberto Azevedo, especial para Agência Política Real, com edição de Genésio Jr.)


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