( Publicada originalmente às 16h 38 do dia 08/05/2019) 

(Brasília-DF, 09/05/2019) O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), que participou nesta quarta-feira, 08, disse que o encontro dos 27 governadores do país com o presidente Jair Bolsonaro (PSL) foi “frustrante”.

A reunião que aconteceu na residência oficial do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), contou também com a presença do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e com diversos líderes partidários das duas Casas legislativas.

E foi a presença dos líderes partidários no Congresso o ponto alto da reunião, segundo o governador piauiense. Wellington Dias ressaltou que os líderes chamaram para si a responsabilidade de votar as matérias colocadas pelos gestores estaduais como prioridade.

O petista elogiou, ainda, a conduta do ministro-chefe da Casa Civil Onyx Lorenzoni (DEM-RS) que ofereceu o prazo de uma semana para que o governo Bolsonaro possa dar uma resposta a demanda dos governadores.

“Foi positivo. Mas o Brasil é muito mais que uma reforma da previdência. Pedimos uma pauta federativa para aumentar os empregos, a renda e a arrecadação. Este encontro que foi marcado por ele [Bolsonaro] com a pauta que seria do pacto federativo, nós imaginávamos que [serviria] para dar uma posição do governo. O que sim, ou o que não”, reclamou Wellington destacando saber das dificuldades que o país vem atravessando.

“Foi frustrante [o encontro] porque no primeiro momento da reunião a gente caminhava sem o saldo positivo e sem uma resposta. Mas eu acho que pelo mesmo o que salvou a reunião foram duas coisas: uma, a posição firme e de boa vontade dos líderes tanto na Câmara, quanto do Senado de abraçar no parlamento a pauta Brasil”, destacou.

AÇÃO LEGISLATIVA

Segundo o governador, matérias que versam sobre a exploração das riquezas de gás e petróleo, cessão onerosa, bônus de assinatura dos novos campos de petróleo, e que modernizam a legislação fiscal para evitar a sonegação de receita, assim como a proposta que trata da renovação do Fundo de manutenção da Educação Básica (Fundeb) e os projetos que equalizam os Fundos de Participação dos Municípios (FPM) e dos Estados (FPE).

Davi Alcolumbre fala ao lado de Maia e Bolsonaro no evento com os governadores

“São projetos importantes para o Brasil, já que houve uma perda considerável destas receitas no sentido deles [fundos] voltarem a ter equilíbrio. Então do ponto de vista do Congresso, eu acho que a gente teve ali uma posição muito clara e muito firme. A outra foi a posição do ministro Onyx da Casa Civil que compreendeu a necessidade de ter um posicionamento e pediu uma semana de prazo para se posicionar sobre a proposta apresentada pelos estados”, complementou.

(por Humberto Azevedo, especial para Agência Política Real, com edição de Genésio Jr.)