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- Contato Brasil, 18 de abril de 2024 20:21:27
( Publicada originalmente às 21h 42 do dia 07/05/2019)
(Brasília-DF, 08/05/2019) O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) afirmou nesta terça-feira, 07, que o novo ministro da Educação do presidente Jair Bolsonaro (PSL), Abraham Weintraub, não explicou nada e nem falou quais são as propostas do governo para a área.
Segundo ele, os cortes orçamentários que a pasta determinou de 30% aos recursos das instituições de ensino ficaram “sem explicações”. O senador criticou a declaração inicial do ministro de que os cortes aconteceriam por “balburdia” em três universidades. E, devido a repercussão negativa, recuou e promoveu os cortes a todas universidades devido ao contingenciamento.
A declaração de “balburdia” como justificativa pode levar o ministro a responder uma ação por crime de responsabilidade. Vieira também saiu insatisfeito da reunião com o ministro por não ter ouvido como o governo federal enfrentará o problema do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) se encerrar no final do próximo ano.
“Weintraub trouxe diagnósticos, mas nenhuma proposta. O problema não está na falta de análises e, sim, [na] falha [de] execução. Primeiro o ministro atribuiu a mudança orçamentária a uma opção ideológica, uma retaliação às chamadas ‘balbúrdias’, depois disse que era uma opção técnica. Mas na verdade quem decide mesmo o que deve ser cortado é o Ministério da Economia”, lamentou o senador do Cidadania.
“Há mais de 42 milhões de alunos, de creches a universidades, e os casos de doutrinação não passam de algumas dezenas ou centenas nesse universo. Os maiores problemas da educação são a má qualidade na formação dos professores, a falta de valorização da carreira e o atraso na implantação da base nacional curricular”, complementou.
(por Humberto Azevedo, especial para Agência Política Real, com edição de Genésio Jr.)