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Nordestinas
  • 22/04/2019 08h30

    BRASÍLIA 59 ANOS: Capital do Brasil aniversaria chamando mais atenção do Brasil

    Pensada por 200 anos, Brasilia é uma metrópole brasileira
    Fotos: Agência Brasilia e Fabio Pozzebom/ Agência Brasil

    Uma imagem da tradicional Esplanada dos Ministérios

    ( Publicada originalmente às 10h 02 do dia 21/04/2019) 

    ( reeditado) 

    (Brasília-DF, 22/04/2019) A Capital do Brasil, Brasilia, está de aniversário e chama mais atenção do Brasil. Este é o primeiro aniversário da cidade com o novo comando presidencial, um chefe de governo e estado que viveu a cidade intensamente por 28 anos, ele que tem origem militar. Os militares que foram os responsáveis pela consolidação da capital nos anos 70. Hoje, o presidente Jair Bolsonaro defende que se reduza o poder de Brasilia sobre o orçamento nacional. Ele é casado com uma brasiliense. O Brasil olha mais ainda para o que a Capital Federal.

    A cidade Brasília completa neste 21 de abril 59 anos, mas ela foi sonhada por mais de dois séculos face o entendimento de uma nova capital no interior do país ser reconhecida para o futuro e unidade do país.

    “A transferência da capital para o interior do país não ocorreu bruscamente, tampouco gozou de unanimidade. Foi um lento processo em que poucos acreditaram e, desses, uma porcentagem ainda menor o defendeu publicamente”, afirma Jeferson Tavares, autor do livro Projetos para Brasília: 1927 – 1957, que conta a história da transferência da capital e dos projetos feitos para Brasília. “Não tardaram as vozes contra essas ações, denominando-as de loucas e insanas”, completa.

    Alega-se que a ideia mais antiga que se conhece de transferir a capital do Brasil para o interior em de Marques de Pombal. Em 1751, ele contratou um cartógrafo italiano que elaborou a carta geográfica de Goiás e ressaltou o valor estratégico do Planalto Central. Anos depois, em 1789, os inconfidentes mineiros queriam transferir a capital para São João Del Rey, em Minas Gerais, com a alegação de vantagem estratégica (segurança) e demográfica (povoamento do interior).

    Com a proclamação da Independência e a Assembleia Constituinte, José Bonifácio efendeu a mudança da Capital para o interior do país. A Constituição de 1824, porém, não incorporou a tese da interiorização da capital.    Com a Constituição de 1891 surgiu o primeiro marco legal para a interiorização: em seu artigo 3º, a lei reservou à União uma área com 14.400 quilômetros quadrados no Planalto Central, que seria oportunamente demarcada para nela estabelecer-se a futura Capital Federal.

    Sempre se falava em ir para o interior, por causa da vulnerabilidade do litoral. Mas não havia nenhum estatuto legal até então”, conta o historiador do Arquivo Público do DF, Elias Manoel da Silva.

    CRULS

    O primeiro presidente da República, Floriano Peixoto,  criou a Comissão Exploradora do Planalto Central do Brasil em 1892. Presidida por Luiz Cruls e formada por 22 expedicionários, eles passaram sete meses no Planalto Central e delimitaram o quadrilátero de 14.400 km² conforme determinava a Constituição. Dois anos depois, Luiz Cruls publica o relatório da expedição e, graças ao sucesso da missão, o presidente envia uma segunda comissão ao Planalto Central, que estudou a área demarcada e especificou o melhor lugar para a construção da cidade: entre os córregos Gama e Torto, onde hoje está Brasília.

    Governador Ibaneis Rocha celebrando em torno de um bolo pelo aniversário de Brasília

    “Estava tudo pronto para começar a construir a capital, mas o governo de Floriano Peixoto chegou ao fim e seu sucessor, Prudente de Morais, paulista, não queria a mudança da capital, como seus conterrâneos”, lembra o historiador. “Propuseram a reforma do Rio de Janeiro, Prudente de Moraes cortou as verbas da comissão de estudos da nova capital e a ideia morreu por aí”, explica Elias Manoel.

    No Centenário da Independência, em 1922, deputados mudancistas voltaram a falar da transferência da capital. Eles defendiam que as ideias da Constituição fossem resgatadas e fizeram um projeto de lei para que uma pedra fundamental fosse colocada dentro do quadrilátero reservado ao futuro Distrito Federal. No dia 7 de setembro de 1922, ao meio dia, a pedra fundamental da nova capital é assentada próximo a Planaltina – um marco para a concretização das aspirações para a interiorização da capital.

    A Constituição de 1934 volta a prever a transferência para o ponto central do Brasil, mas apenas em 1946, com a quarta Constituição Republicana, a lei volta a representar ação prática para a mudança: o presidente Eurico Dutra nomeia um novo grupo técnico para realizar estudos de localização. Liderada por Djalma Polli Coelho, a comissão indica o mesmo território apontado por Luiz Cruls.

    O relatório da comissão Djalma Polli é enviado ao Congresso Nacional em 1948, mas só é aprovado em 1953. Um projeto de lei autoriza o governo a definir o sítio da nova capital e Getúlio Vargas cria uma Comissão de Planejamento da Mudança da Capital Federal. Um ano depois, com assessoria de empresas de foto análise e foto interpretação, a delegação indica os cinco melhores sítios para ser construída a nova capital e o governo enfim escolhe o Sítio Castanho como local exato para a construção da nova capital.

    JK

    Em 4 de abril de 1955, Juscelino Kubitschek, então candidato à Presidência da República. em um comício na cidade de Jataí (GO), JK é questionado se cumpriria a Constituição e faria a transferência da capital caso fosse eleito.

    O eixo central é fechado para os brasilienses fazerem lazer aos domingos

    “Quero confessar que até aquele instante não havia fixado, com a devida atenção, o problema da mudança. Mas tive que responder de pronto à pergunta”, escreveu Juscelino mais tardeCom a eleição de JK, a construção da capital começa a se tornar realidade. Em setembro de 1956, é sancionada a lei que criou a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) e deu o nome de Brasília à capital. As obras começaram em outubro daquele ano e, depois de três anos e meio, Brasília é inaugurada em uma festa que durou quase dois dias.

    “São dois séculos de história, mas faltou vontade política em outros momentos e um cara ousado como foi JK”, afirma Elias Manoel. “Mas Juscelino só pôde construir a capital em um único governo porque, quando assume a presidência, o Distrito Federal já está delimitado, o local escolhido e desapropriado. Todos os trabalhos da comissão foram passados para a Novacap”, opina o historiador.

    Em 1883, Dom Bosco, santo italiano fundador da Congregação dos Salesianos, teria sonhado que fazia uma viagem à América do Sul e viu um local especial ao chegar à região entre os paralelos 15° e 20°, onde, nas palavras de um anjo que o acompanhava em sua visão, apareceria “a terra prometida” e que seria “uma riqueza inconcebível”.

    A visão acabou sendo interpretada como uma premonição do local em que deveria ser construída a nova capital do Brasil. Mas Dom Bosco nunca viajou à América do Sul e historiadores afirmam tratar-se de uma manobra política criada por parlamentares mudancistas goianos para assegurar a construção da Capital Federal no Planalto Central brasileiro. O episódio é até apelidado de “Operação Dom Bosco” pelo jornalista e historiador Jarbas Silva Marques.

    “O sonho existiu, mas foi usado na década de 50 pelos goianos para justificar a construção de Brasília. Eles foram muito espertos, ressignificaram o sonho para dizer que até Deus queria Brasília. Havia uma forte oposição contra a mudança da capital, mas o povo brasileiro é muito religioso”, afirma o historiador Elias Manoel da Silva. Para a arquiteta Angelina Nardelli Quaglia, que estuda a história de Brasília há 14 anos, o sonho de Dom Bosco acabou se transformando em uma “simpática lenda”. “Alguns estudiosos atuais dizem que foi uma manipulação do sonho para fazer as pessoas acreditarem que aqui era um lugar prometido. Na época havia a necessidade de se criar essa comoção nacional, foi uma forma de convencer as pessoas”, acredita.

    Área ubana entre o tradicional e as novas obras na região central da Capital Federal

    DIA DA FESTA

    Entre as 9h e 23h deste domingo (21), o Departamento de Trânsito (Detran-DF) e Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) realizarão ações de controle de tráfego durante as festividades do Aniversário de 59 anos de Brasília e da Maratona Monumental, que acontecerão na Região Central do Plano Piloto.

    O Detran estará responsável pelas ações de trânsito na Região Norte, e a PMDF, pela Região Sul da Esplanada dos Ministérios, porém as duas Forças atuarão em conjunto para garantir a segurança dos participantes dos eventos.

    A partir das 9h, a Polícia Militar realizará o fechamento total da Via S1 desviando o trânsito para o Eixo Rodoviário Sul. Por volta das 10h, esta intervenção será ampliada para a altura do acesso à Via L2 Norte, a fim de permitir que os condutores acessem os estacionamentos dos Ministérios.

    Os ônibus coletivos com destino à Rodoviária do Plano Piloto terão acesso à alça leste para a realização do embarque e desembarque dos passageiros nos terminais.

    O assessor de comunicação do Detran-DF, Glauber Peixoto, alerta os motoristas que cheguem com antecedência. “É importante chegar mais cedo para estacionar com mais tranquilidade e em locais permitidos, pois a fiscalização estará no local para coibir irregularidades”.

    Maratona Monumental de Brasília

    A partir de 6h30, também de domingo ,21, acontecerá a Maratona Monumental de Brasília, na Esplanada dos Ministérios. A corrida será composta por diferentes percursos, com trajetos de 5 km, 10 km, 21 km e 42km. A largada e a chegada serão na via localizada em frente ao Museu da República e a previsão de término das provas deverá ser as 12h.

    As interdições para o evento esportivo ocorrerão a partir das 6h. Neste horário, as três faixas de rolamento à esquerda da Via S1 serão destinadas exclusivamente aos atletas, e a Via N1 será totalmente interditada na altura do CBMDF. A via do Trecho 3 do Setor de Clubes Sul também permanecerá totalmente fechada entre o acesso pela Via L4 Sul até o Conselho de Justiça Federal (CJF).

    As alterações no trânsito serão concentradas nas Vias S1, N1, L4 Norte e Trecho 3 do Setor de Clubes Sul (SCES), uma vez que o Eixo Rodoviário estará fechado até às 18h, como normalmente acontece aos domingos.

    O trajeto da corrida terá início na Via S1, acessará o Trecho 3 do SCES, até às proximidades do CJF, retornando em seguida, para a Esplanada dos Ministérios, concluindo assim, as provas de 5 km e 10 km.

    Os corredores do percurso da meia-maratona (21 km) e maratona (42 km) continuam no trajeto pelo Eixo Rodoviário Norte e Sul, sendo que, somente os atletas do mais longo terão acesso ao Eixo Rodoviário Sul.

    Após a corrida, a Via N1 será parcialmente liberada até a altura do acesso à L2 Norte, e a Via S1 já estará totalmente fechada na altura do Eixo Rodoviário Sul, em razão do evento do Aniversário de Brasília.

    Triatlhon Challenge

    O trânsito da L4 Sul será desviado a partir da Procuradoria Geral da República (PGR) para a Via S3, no sentido da Via L2 Sul, das 5h de domingo ,21, às 13h. A via estará fechada deste ponto até o acesso à Ponte Honestino Guimarães. A ponte estará parcialmente fechada da altura do Pontão do Lago Sul até a L2 Sul.

    O acesso ao Pontão do Lago Sul pela Ponte Honestino Guimarães acontecerá normalmente pela Via L2 Sul e DF-004 (L4 Sul). Todos os retornos no canteiro central da L4 Sul, que liga a rotatória de acesso ao Guará 2 até a Procuradoria Geral da República (PGR), estarão fechados durante toda a prova. Somente serão liberados às 13h. Os motoristas terão como opções para acessar o lado contrário da Via, os viadutos da Ponte das Garças e o de acesso ao Aeroporto/Eixo Rodoviário Sul, próximo ao Zoológico.

    Show Gospel

    A alça leste da Rodoviária estará fechada das 13h às 23h do sábado (20), para um show gospel que ocorrerá no gramado em frente ao Museu da República. O trânsito para veículos estará liberado nas vias S1 e N1.

    SOS Criança DF

    O canal SOS Criança DF estará disponível por meio do aplicativo WhatsApp (61 – 99212-7776). Para acionar o serviço, bastar enviar uma mensagem de texto, foto, vídeo ou áudio para o telefone e se identificar. O usuário deverá mandar ainda a localização exata, com pontos de referências, e tentar saber com a criança o nome dela e o dos pais ou responsáveis, além do número de telefone.

    (  da redação com informações de assessoria, Agência Brasil e Agência Brasilia. Edição: genésio Araújo Jr)

     


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