• Cadastre-se
  • Equipe
  • Contato Brasil, 26 de abril de 2024 12:26:42
Nordestinas
  • 17/04/2019 07h40

    PREVIDÊNCIA: Em seminário na comissão do Trabalho da Câmara, Rogério Marinho bate-boca com participantes contrários a reforma

    Clima esquentou quando o secretário especial de Previdência e do Trabalho do Ministério da Economia rebateu vários argumentos utilizados por parlamentares contrários à proposta enviada pelo governo Bolsonaro
    Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

    Rogério Marinho cercado de petistas por todos os lados em comissão da Câmara

    ( Publicada originalmente às 14h 29  do dia 16/04/2019) 

    (Brasília-DF, 17/04/2019) O secretário especial de Previdência e do Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, bateu-boca no final da manhã desta terça-feira, 16, com várias pessoas que participaram do seminário promovido pela Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público (CTASP) da Câmara, onde foi debatido os termos da proposta que estabelece uma “Nova Previdência”.

    Convidado a representar o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) – autor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 06/19, Marinho, subiu o tom por volta das 12h10 quando começou a rebater os vários argumentos apresentados por parlamentares contrários a matéria. A partir daí os populares que se encontravam acomodados no auditório Nereu Ramos, no Anexo II da Câmara, imediatamente começaram a responder com gritos de “mentira” e vaias.

    “Um valor [de aposentadoria] que pode chegar a R$ 39 mil. Essa é a realidade do país e nós vamos mudar isso, agora, com a regra de transição [estabelecida na PEC 06/19]. Com a reforma, agora, todos terão que fazer. Eu não estou desconhecendo, o que eu falei é que há um estoque de 2003, ou não um estoque? Eu posso responder, mas vocês precisam escutar o outro ponto de vista. Eu escutei aqui atentamente, pacientemente, nove deputados e que só um falou a favor como eu penso. Eu acho que é importante a gente entender aqui o que o outro [pensa]”, falou Rogério Marinho sobre constante falas da plateia.

    INTERVENÇÃO

    Devido a irritação de grande parte da plateia com o depoimento do homem responsável pela condução política da PEC 06/19, o deputado Rogério Côrrea (PT-MG) que presidia os trabalhos do seminário da CTASP, pediu que os participantes do evento respeitassem o momento de fala do representante do governo Bolsonaro. “Vamos respeitar o secretário para que ele possa finalizar. Nós vamos ter outra mesa, nós vamos debater o tema, ainda. O debate não vai terminar com a fala do secretário”, interveio o petista mineiro.

    Rogério Marinho foi a evento "comandado" pela oposição e servidores públicos 

    “Quem ganha e quem perde com a reforma? Quem ganha com a reforma, eu vou falar, é o povo brasileiro. Quem perde com a reforma são as corporações. Quem perde com a reforma é o Status Quo, quem perde com a reforma são os privilegiados, Quem perde com a reforma são as pessoas que acham que devem continuar como está e o povo brasileiro continuar garroteado. Quem ganha são os mais pobres que hoje estão às margens das ações governamentais. Quem ganha são aqueles que estão sem saúde, sem educação, sem infraestrutura, sem segurança pública. Porque o estado brasileiro passou a ser gestor de massa falida. O estado brasileiro administra hoje folha de pagamento, previdência, assistência e pagamento de dívidas. Sobra muito pouco. Basta olhar e andar pelas estradas do interior do Brasil. Quem não vê isso, infelizmente, precisa abrir mais os olhos”, complementou sob vaias e contestação dos populares.

    PRE-SAL

    O entrevero do ex-deputado federal Rogério Marinho (PSDB-RN) que foi o relator da reforma trabalhista aprovada em 2017 e realizada pelo governo do ex-presidente Michel Temer (MDB) não parou por aí. O clima de confronto subiu ainda mais quando ele rebateu os argumentos de vários parlamentares da oposição que a situação da Previdência poderia ser contornada a longo prazo com parte dos recursos dos campos de petróleo do Pré-Sal, que está para ser vendida para companhias petrolíferas estrangeiras.

    “[Os recursos do Pré-Sal] não vai ter o valor que tem hoje. Ou a gente prospecta esse combustível e distribui riquezas para o conjunto da sociedade, ou vai continuar debaixo da terra. Então foi um incentivo para que houvesse a atração de investimentos na área petrolífera brasileira”, finalizo, amplamente vaiado por parte dos participantes do seminário da CTASP.

    (por Humberto Azevedo, especial para Agência Política Real, com edição de Genésio Jr.)

     


Vídeos
publicidade