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Nordestinas
  • 11/04/2019 08h10

    100 DIAS: Onix Lorenzoni diz que reforma da Previdência não tira direitos de ninguém; ele defendeu capitalização que Bolsonaro disse que poderá cair

    Ele falou ã TV Brasil, ligada a EBC
    Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

    Onyx Lorenzoni é ministro chefe da Casa Civil

    ( Publicada originalmente às 21h 56 do dia 10/04/2019) 

    (Brasília-DF, 11/04/2019) Por conta da semana em que o Governo Bolsonaro  completa 100 dias, o ministro chefe da Casa Civil, concedeu uma entrevista a TB Brasil, ligada a Empresa Brasil de Comunicação (EBC). O destaque da conversa foi a proposta de Nova Previdência, a proposta de reforma do sistema previdenciário do país que está no Congresso desde 20 de fevereiro de 2019.  Ele disse que a proposta não altera direitos estabelecidos e cria alternativa para aumentar a poupança interna.

    “Ela [a reforma] não retira o direito de ninguém, ao contrário”, disse o ministro, ao lembrar que a implantação terá prazo de transição de 10 anos e facultará aos segurados optar pelo momento de aposentadoria conforme cálculo mais vantajoso.

    As novas regras,  diz o Ministro valerão para todas as categorias e têm como destaque a fixação do sistema de capitalização individual em substituição ao atual sistema colaborativo e solidário, no qual os trabalhadores em atividade financiam o benefício dos trabalhadores que já se aposentaram. O presidente Jair Bolsonaro já deixou entender que a capitalização poderá cair, mas Lorenzoni não trata o assunto da mesma forma.

    A capitalização previdenciária, segundo Lorenzoni, resultará no aumento da poupança interna, dos atuais 15,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para 20% PIB em curto prazo. “Vamos usar a poupança, que é algo que o brasileiro conhece, confia e acredita, para ele fazer a sua capitalização. É um sistema inédito no mundo que dá portabilidade. Imagina as brigas dos bancos a cada três ou quatros anos para receber esses bilhões e bilhões de reais.”

    Onyx  fala em barco como se fosse um empreitada náutica. “Nós não apenas consertamos o barco que está com o casco furado da atual Previdência, que precisa continuar flutuando para sustentar aqueles milhões de pessoas que estão lá, como precisa receber outros e precisa pagar em dia. Além de consertar o barco, a gente cria outro caminho que é a capitalização”.

    Ele faz questão de falar mais e mais da capitalização.   “Quando nos levar lá é a alforria, a independência de verdade do Brasil. Seremos igual ao Chile, nós vamos bancar o nosso próprio crescimento”, prevê. "Uma vez aprovada, só daqui a 30 anos que o [telejornal] Repórter Brasil vai voltar a falar de reforma da Previdência.”

    CONGRESSO

    O chefe da Casa Civil reconheceu que a proposta em tramitação poderá ser modificada no Congresso. Ele destacou que o presidente Jair Bolsonaro tem se reunido com os líderes partidários para conversar sobre a agenda do governo. Já foram realizadas reuniões com oito legendas e estão previstos encontros com mais quatro partidos.

    “Isso deve acabar construindo um embrião para o conselho político do presidente, que vai permitir diálogo e aproximação”.

    Para Onyx, as conversas do presidente com as líderanças representam um novo momento.  “[É uma] nova fórmula de relacionamento, que precisa ter tolerância, paciência e conversa de parte a parte”, disse.

    Onyx  ressaltou a adoção de normas de governança pública recomendadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), que o Brasil pretende ingressar. A OCDE reúne 36 países industrializados. 

    “Boa governança pública é cuidar bem do dinheiro das pessoas, que é o que faz o Estado servir com qualidade, e todas as políticas públicas terem eficiência e eficácia. Para isso, treinamos os ministros e secretários-executivos.”

    Ele disse que o governo cortou gastos e cargos, adotou medidas de combate à corrupção e estabeleceu medidas para a desburocratizar o relacionamento do cidadão comum com o Estado.

    “O governo se estruturou com redução de ministérios, redução dos níveis hierárquicos. Estamos cortando pela primeira vez mais de 20 mil cargos dos 119 mil que existem na administração direta e indireta. Nós estamos criando unidades de integridade e combate à corrupção para mudar a cultura dentro da máquina pública. Nós estamos concentrando as compras e trabalhando nessa direção. Em vez de ter 20 centrais de compra, teremos somente uma”, resume o ministro.

    ( da redação com informações da Agência Brasil. Edição: Genésio Araújo Jr)

     


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