- Cadastre-se
- Equipe
- Contato Brasil, 28 de março de 2024 20:37:13
( Publicada originalmente às 09h 23 do dia 06/04/2019)
(Brasília-DF, 08/04/2019) O presidente Jair Bolsonaro na conversa que teve com alguns jornalistas, em café da manhã, nessa sexta-feira,5, disse que a capitalização, contido na reforma da Previdência, poderá ficar de fora para o bem da aprovação da “Nova Previdência”. A bancada nordestina que foi uma das mais proeminentes na crítica a mudanças no Benefício de Previdência Constinuada(BPC) e na aposentadoria rural a ponto desses temas serem considerados mortos antes da proposta chegar na comissão especial, não tem dado muito atenção a capitalização.
A inclusão desse sistema, a capitalização, no lugar so sistema de compartilhamento já não agrada o presidente da Câmara, Rodrigo Maia(DEM-RJ), que é um dos grande defensores da reforma.
VEJA AS CRÍTICAS
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, diz que é preciso avaliar melhor momento para implementar capitalização na Previdência. Falando a jornalistas durante evento em Campos de Jordão (SP), nessa sexta-feira, 5, Maia disse que a preocupação é que a capitalização tenha uma proteção de renda mínima.
O ex-senador Cristovam Buarque, um nome respeitado, disse que “a melhor capitalização para dar sustentabilidade à previdência é investir em educação de qualidade para todos no presente. O futuro de um país tem a cara de sua escola pública no presente.”
O ex-presidente Fernando Henrique Carsoso falou ao jornalista Tales Faria, no final de fevereiro, sobre capitalização.
“A ambição não expressa de um governo que na área econômica é neoliberal é passar tudo para um regime de capitalização da Previdência. Só que o custo disso é enorme: o que fazer com a massa dos que nunca se capitalizaram? No meu tempo calculamos e daria quase um PIB para a transformação completa”, disse à época.
"Por que trazer a capitalização? Todo mundo sabe que não é factível. É só pra ser diferente do Temer?", disse Marcos Lisboa, presidente do Insper.
NORDESTINOS
O deputado Mauro Benevides Filho(PDT-CE) é um dos mais veementes na análise da capitalização entre os membros da bancada nordestina. Ele é economista e foi coordenador econômico da campanha de Ciro Gomes, à Presidência da República em 2018. Ele falou a Política Real sobre o tema em fevereiro, logo depois que o texto chegou ao Congresso.
“Eu, por exemplo, já critiquei desde o começo [e falei] que não existe sistema de capitalização sem contribuição patronal obrigatória. [Pelo menos] na minha forma de avaliar”, complementou.
“Como secretário da Fazenda, eu acho que não existe sistema de capitalização – dos mais, digamos assim, robustos, sinceramente – que não contam com a contribuição patronal. Então eu não conheço. O Chile fez isso, mas agora o ministro [Paulo Guedes] tem dito que ele cresceu demais e não sei o quê e tarará, tudo bem. Mas a segurança da aposentadoria não existiu. O Chile, portanto, não deve ser modelo neste sentido para o Brasil”, completou.
O senador Otto Alencar(BA), líder do PSD no Senado, defende contribuição patronal para capitalização. Alencar esteve com o presidente Jair Bolsonaro nessa sexta-feira, 5, junto com dirigentes do PSD, no Planalto.
( da redação com edição de Genésio Araújo Jr)