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Nordestinas
  • 05/04/2019 15h40

    OPOSIÇÃO 100 DIAS: Veneziano Vital do Rêgo(PSB-PB) lamenta redução de verbas para pesquisa no primeiro ano do Governo Bolsonaro

    Senador paraibano é líder do bloco independente no Senado
    Foto: Jane de Araújo/Agência Senado

    Veneziano Vital do Rêgo, em dia de trabalho em comissão do Senado, está atento e preocupado com os primeiros dias do Governo Bolsonaro

    ( reeditado) 

    (Brasília-DF, 05/04/2019) Os senadores que são críticos ao Governo Bolsonaro começam a se preparar para o enfrentamento dos chamados 100 dias de governo, o simbólico  balanço que todas as administrações costumam fazer.

    Nesta semana, o senador Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB) lamentou a redução nas verbas destinadas à pesquisa científica no Brasil, neste início de governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL).  Veneziano é líder do bloco parlamentar independente, que une PSB, PDT, Cidadania e Rede.

    Segundo o presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico – CNPq, com a redução no orçamento, em relação ao ano anterior, a verba disponível para 2019 só irá garantir as bolsas aos pesquisadores até setembro.

    "Pelos cálculos do presidente do CNPq, seriam necessários cerca de R$ 300 milhões para que a pesquisa científica no Brasil não sofresse revés. Portanto, fica aqui o registro, senhor presidente, de que o governo do presidente Jair Bolsonaro repense esta redução e não permita que o Brasil fique para trás no que se refere à pesquisa e à extensão, áreas fundamentais quando se fala em promoção do desenvolvimento", alertou Veneziano.

    Veneziano entende que a situação é pior do que se imagina e relatou que outra preocupação do presidente do CNPq é quanto ao contingenciamento de verbas anunciado recentemente pelo governo do presidente Jair Bolsonaro, que significará R$ 2,13 bilhões a menos para o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações – MCTIC.

    O paraibano lembrou que, segundo dados do CNPq, em 2016, último ano do governo da ex-presidente Dilma Rousseff, a verba destinada à Ciência e Tecnologia no Brasil foi de R$ 1.150.559.928,66. Para 2019, primeiro ano do presidente Bolsonaro, a verba da pasta foi fixada em 784.787.619,00 – ou seja, pouco mais da metade.

    "Fica o alerta, senhor presidente, de que é preciso o Presidente Jair Bolsonaro rever esse conceito. Uma Pátria que não investe no desenvolvimento científico e tecnológico tende a ficar para trás, no mundo globalizado e competitivo. É preciso que haja uma reação urgente, para que não estejamos aqui a lamentar no futuro", disse Veneziano na Comissão de Educação do Senado.

    O Brasil tem, segundo dados do CNPq, hoje, 79.749 pesquisadores que dependem de bolsas do órgão, metade deles recebendo bolsas de iniciação científica ou tecnológica, que variam de R$ 100 a R$ 400. Existem ainda, em menor número, as bolsas de pós-graduação (mestrado e doutorado), de R$ 1.500,00 a R$ 2.200,00 por mês; além dos pesquisadores com bolsas de produtividade, entre R$ 1.100,00 e R$ 1.500,00 por mês, valores considerados defasados pelo órgão, pois o último reajuste no valor das bolsas ocorreu no ano de 2013, no governo da ex-presidente Dilma Rousseff.

    O  CNPq revela, num refinamento dos números divulgados, que entre 1995 e 2003 o valor das bolsas se manteve inalterado. A partir de 2004, no governo do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, os valores começaram a ter reajustes anuais, até 2013, durante o governo Dilma, quando os reajustes foram estabilizados, com os valores sendo mantidos nos três últimos anos de seu governo e durante a gestão do ex-presidente Michel Temer.

    ( da redação com informações de assessoria. Edição: Genésio Araújo Jr)  


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