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Nordestinas
  • 05/04/2019 07h50

    ARTICULAÇÃO: ACM Neto, após encontro com Bolsonaro, defendeu pressa para votar “Nova Previdência”

    Entretanto, o presidente nacional do DEM falou que não há data para que o partido defina pelo “fechamento da questão” em apoio a reforma proposta pelo governo
    Fotos: Marcos Correa/ PR

    Presidente Jair Bolsonaro com o prefeito ACM Neto, governador Ronaldo Caiado e ministro Onyx Lorenzoni

    ( Publicada originalmente às 20h 57 do dia 04/04/2019) 

    (Brasília-DF, 05/04/2019) Após se reunir no final da manhã desta quinta-feira, 04, com o presidente da República Jair Bolsonaro (PSL), no Palácio do Planalto, o presidente nacional dos Democratas (DEM), o prefeito de Salvador (BA), ACM Neto, defendeu pressa para votar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 06/19 que tenta estabelecer uma “Nova Previdência”.

    No entanto, o principal dirigente da legenda que possui três ministros no governo Bolsonaro, além de ser também a sigla partidária dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (AP), ACM Neto falou que não há data para que o partido defina pelo “fechamento da questão” em apoio a reforma proposta pelo governo.

    “Foi uma conversa em alto nível. Nós tratamos da agenda do Brasil. O presidente Jair Bolsonaro demonstrou o seu interesse que essa agenda pode avançar e que é um interesse comum com a dos Democratas”, disse.

    “O fechamento de questão sobre a reforma tem relação direta com o texto que for votado no plenário da Câmara dos Deputados. Mas é cedo para a gente querer cravar isso, até porque a reforma está apenas começando a sua tramitação”, complementou afirmando que a proposta permitirá a retomada do crescimento econômico.

    NOVO MOMENTO

    ACM Neto acredita que esses encontros entre o presidente da República com os diversos dirigentes partidários permitirá mais “diálogo” na relação entre o governo federal com o parlamento. Ele elogiou a iniciativa do ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), de tornar frequentes essas reuniões.

    “Acho que esse encontro marca o início de um novo momento onde o diálogo vai ser sempre uma constante na relação entre o partido com o governo de maneira transparente e leal, onde a gente tenha a possibilidade de colocar as nossas preocupações e é claro para que a gente possa construir as pontes com o objetivo fundamental de garantir o andamento desta agenda que tem tudo a ver com a Câmara e com o Senado”, comentou.

    SEM GUERRA

    O dirigente do Democrata disse ,também, que “não há guerra” entre o presidente da República com o seu partido, com a classe política e tampouco com o deputado Rodrigo Maia que preside a Câmara dos Deputados. Segundo ele, o encontro não foi uma iniciativa para selar a paz. E, sim, tratar dos temas de interesse do governo e “do Brasil” que estão em tramitação no Congresso como a PEC 06/19 prioritariamente.

    “O presidente Rodrigo Maia é um homem que tem espírito público, quer ajudar o Brasil, tem consciência do seu papel e da sua responsabilidade e que ontem (03) disse que sempre que convocado, ou convidado, pelo presidente da República, ele vai conversar. São duas pessoas maduras, responsáveis e que hoje desempenham papeis fundamentais para o Brasil. E eu particularmente vou sempre defender o diálogo entre o presidente da Câmara com o presidente da República”, abordou.

    Bolsonaro fez questão posar dando um abraço no presidente do DEM, ACM Neto, sob os olhares

    do ministro Onix e o governador do Goiás, Ronaldo Caiado 

    “Eu acho que a gente tem hoje algumas preocupações muito imediatas que exatamente é de garantir um bom ambiente no Congresso Nacional e isso não passa apenas pelo Democratas. Isso passa pelo conjunto das duas Casas. Essa é a nossa mais importante preocupação”, completou.

    BASE

    Sobre a posição do Democratas, que tem três representantes no primeiro escalão do Governo federal se anunciar, ainda, independente, Neto frisou que o mais importante não é saber se a legenda integra o governo, ou não. Mas, sim, de permitir que haja um “bom diálogo” entre os poderes Executivo e Legislativo.

    “Ser base formalmente, ou não, é algo que pode acontecer com absoluta naturalidade e que vai acontecer no momento em que houver uma deliberação da executiva do partido. Mas eu entendo que a preocupação maior tanto dos Democratas, quanto do presidente Jair Bolsonaro não está na formalidade de dizer se é base, ou não é base. E, sim, garantir que esse diálogo possa ser produtivo e facilite o andamento da agenda de reformas”, respondeu.

    SEM CARGOS

    Ele falou também que o DEM não pedirá cargos no governo “em nunhum momento”.

    “Em nenhum momento. Isso não foi tratado. Não falou de cargos e eu não permitiria falar de jeito nenhum. Não há hipótese. Aliás, num determinado momento, coloquei que como presidente de partido [nós] não vamos tratar [disso em] hora nenhuma. Essa não é a pauta do presidente dos Democratas”, disparou.

    “Indicação de cargos não vai passar por interlocução minha com o presidente da República. Isso não vai acontecer. Disse isso no final do ano passado e quero que fique bem claro para vocês me cobrarem a qualquer instante, caso eu mude do meu compromisso”, prometeu.

    TCHUTCHUCA

    ACM Neto comentou ainda, com os jornalistas, o embate que o ministro da Economia, Paulo Guedes, travou nessa quarta-feira, 3, com vários deputados da oposição (PT, PDT, PSB, PSOL, PCdoB e Rede) na sessão ocorrida na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

    Na oportunidade, o deputado Zeca Dirceu (PT-PR), após sete horas de de debate afirmou que o ministro parecia um “tigrão” com os mais pobres que vão sofres as consequências da reforma previdenciária e uma “tchutchuca” do sistema financeiro que quer a aprovação da matéria. Guedes, que não aguentou a provocação, afirmou que “tchutchuca” era “a mãe, a avó” do petista paranaense filho do ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu.

    “A oposição passou dos limites na provocação. Fui parlamentar por mais de dez anos, era oposição, fui muito combativo, mas eu tinha respeito a institucionalidade da função de quem estava diante de mim. E nesse caso de ontem (03) estava diante da oposição o ministro da Fazenda que por sua própria vontade foi a Comissão de Justiça para defender a reforma da previdência”, comentou sem se lembrar que em 2008 subiu à tribuna do plenário da Câmara para falar que “daria uma surra” no então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

    (por Humberto Azevedo, especial para Agência Política Real, com edição de Genésio Jr.)


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