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Nordestinas
  • 04/04/2019 07h15

    Delegado Waldir, Líder do PSL, afirma que gestos favoráveis a Israel não prejudicará comércio com árabes

    Deputado falou, ainda, que parceria com a República Popular da China "é extremamente essencial"
    Foto: Política Real

    Delegado Waldyr, líder do PSL

    ( Publicada originalmente às 15h 48 do dia 03/04/2019) 

    (Brasília-DF, 04/04/2019) O líder do PSL, do presidente Jair Bolsonaro, na Câmara, deputado Delegado Waldir (PSL-GO), afirmou nesta quarta-feira, 3, que os gestos favoráveis do governo brasileiro ao Estado de Israel não prejudicarão o comércio com os países árabes.

    Na oportunidade, ele comentou sobre as declarações do presidente da Frente Parlamentar da Agricultura (FPA), deputado Alceu Moreira (MDB-RS), que disparou na noite dessa última terça-feira, 2, ao sair do plenário da Câmara afirmando que "chega dos meninos do Bolsonaro, não dá mais. Acabou a paciência".

    A fala de Moreira se refere ao tuite do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), que escreveu em sua rede social que desejava que o grupo Hamas, da Palestina, explodisse. O comentário do filho do presidente Bolsonaro se referia a uma notícia de que o Hamas repudiava a visita de Bolsonaro a Israel.

    As declarações de Moreira foram feitas para os líderes do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO), e no Congresso, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP). Ao perceberem a irritação do ruralista, tentaram acalmar o colega que ainda disparou "[isso] afeta o mercado".

    A reclamação do presidente da FPA decorre de uma possível diminuição das exportações de commodities brasileiras para as nações mulçumanas que vem protestando contra a aproximação  exagerada do Brasil a Israel. Os empresários do setor já apontam que haverá perdas no volume exportado. Em 2018, a exportação para os países árabes representou quase R$ 45 bilhões.

    A declaração do líder do PSL, exclusiva para a reportagem da Política Real, aconteceu quando o Delegado Waldir participava da reunião de reinstalação da Frente Parlamentar Brasil-China, que aconteceu na manhã desta quarta.

    O evento contou com a participação, ainda, dos ministros do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, e da Secretaria de Governo, general Carlos Alberto Santos Cruz. Além de empresários e representantes de todos os governos que formam com as China o que ficou convencionado chamar de BRICS – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

    "[Essa relação com a China] é extremamente essencial. O Brasil é um dos maiores parceiros comerciais da China e vice-versa. [Eles] dispõem de uma tecnologia espetacular na área das estradas, do saneamento e que a gente pode trazer a especialidade chinesa para que a gente consiga com que o país avance nestas questões", comentou.

    "[Essa relação] é indispensável, não é? Eu penso que teremos, em breve, o evento dos BRICS. [Que] é muito importante o anúncio da vinda do presidente [chinês] Xi Jinping [que] vem para esse evento [a ser realizado em novembro no Brasil] e o parlamento apoia integralmente essa parceria Brasil e China", complementou.

    "Eu penso que isso não vai prejudicar. É questão de formação de diálogo respeitando Israel e mantendo as parcerias com os demais países árabes. Eu penso que isso é plenamente possível", completou.

    NOVA POSTURA

    Entretanto, Delegado Waldir saiu em defesa da nova postura diplomática do governo brasileiro de procurar uma maior relação com o povo judeu. Segundo ele, os últimos governos do Brasil discriminaram a população daquele país. Em 2018, as exportações brasileiras para Israel foram de R$ 1,2 bilhão.

    "Ao longo dos últimos governos houve uma grande de discriminação com o governo de Israel. O Brasil discriminou Israel ao longo do tempo. Eu penso que é uma mudança de rota [em respeito ao] eleitor do presidente Bolsonaro", falou.

    "E a nossa proposta com a aproximação de Israel e com os Estados Unidos sempre foi muito clara, transparente. Então eu acho que não deve ser nenhuma surpresa para qualquer parlamentar, ou para qualquer frente que isso iria acontecer", reforçou.

    (por Humberto Azevedo, especial para Agência Política Real, com edição de Genésio Jr.)


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