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- Contato Brasil, 28 de março de 2024 19:26:47
( Publiada originalmente às 21h 25 do dia 26/03/2019)
(Brasília-DF, 27/03/2019) O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), afirmou nesta terça-feira, 26, que a decisão do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) de comemorar a “revolução” de 31 de março de 1964 não contribui em nada para a estabilidade da pauta política. Segundo ele, necessária para permitir a votação e aprovação da reforma da Previdência.
Segundo o emedebista, somente quando o governo Bolsonaro decidir qual é a sua pauta política, optar por temas que tragam estabilidade ao Congresso Nacional - é que o país conseguirá voltar a trilha do desenvolvimento e crescimento econômico. A declaração aconteceu logo após o encontro que o ministro da Economia, Paulo Guedes, teve com os governadores nesta terça-feira, 26, na sede do governo do DF, Palácio do Buriti.
Rocha fez sucessivos elogios a maior autoridade econômica do governo federal. Mas, em compensação fez diversas críticas à conduta que o presidente da República vem tendo.
“Eu acho que ele [ministro] fez o correto. Ele [Guedes] está cuidando da pauta econômica do governo federal. É ele que tem que colocar a linha da política. Porque uma coisa é política econômica, outra coisa é a política. Ele passou a ter conhecimento de outros [temas] que ele não tinha e eu acho que a reunião foi bastante produtiva para todos”, comentou.
“O ministro Paulo Guedes, como ministro da Economia, tratou dos assuntos que se dizem respeito a ele. De modo que [ele] está bastante tranquilo enfrentando os problemas econômicos”, complementou.
“No âmbito da linha econômica, o governo já deixou bem claro a sua pauta que são a reorganização do Estado, [e a elaboração de] um novo pacto [federativo]. O que está faltando [para] o governo federal e o presidente Bolsonaro é decidir a sua pauta política. Essa é que está sendo maltratada na visão de todos os governadores”, completou.
INSTABILIDADE
Ibaneis frisou que o comportamento que o presidente Jair Bolsonaro vem tendo só amplia o desgaste, aumenta a instabilidade do país.
“Agora a pauta política do governo realmente isso precisa ser tratado a partir do presidente Bolsonaro que na minha visão, e eu coloco de forma bem clara, precisa ajustar o seu discurso. O discurso tem que ser de estabilidade. Você chamar a política de política do passado e não dizer qual é a nova política [não tem cabimento]”, avaliou.
“Colocar a comemoração do dia 31 de março como não se houvesse havido revolução e partidos que sofreram com essa revolução, isso não contribui com a pauta política. A pauta política [necessita] de estabilidade, menos divisão e é isso que nós todos governadores queremos. [Que é] união em torno da recuperação [econômica] do nosso país”, lamentou.
(por Humberto Azevedo, especial para Agência Política Real, com edição de Genésio Jr.)