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  • Contato Brasil, 28 de março de 2024 18:36:16
Nordestinas
  • 15/03/2019 14h31

    Aeroportos nordestinos acabaram na mão do grupo espanhol Aena; houve uma disputa com os suíços

    Governo de Pernambuco disse que vai ficar atento com os investimentos; governo federal conseguiu mostrar que tem a confiança do mercado com um ágio de 986%
    Foto: Investing.com

    Membros do governo e investidores comemoram o encerramento do leilão dos 3 blocos de terminais aeroportuários

    (Brasília-DF, 15/03/2019)  O leilão dos blocos de aeroportos realizado nesta sexta-feira,15, demonstrou para o Brasil que o Nordeste tem muito a oferecer ao País. O leilão marcado para essa manhã para a concessão de 12 aeroportos, além de ter superado a outorga inicial estipulada de R$ 2.1 bilhão, ainda foi motivo para uma disputa acirrada pelos terminais do Nordeste.

    Foi verificada uma disputa concentrada no bloco do Nordeste entre o grupo espanhol Aena Desarrollo Internacional e o grupo suíço Zurich Aiport. O grupo espanhol partiu primeiro com uma oferta de R$ 1,850 bilhão. Já no término do leilão, o grupo suíço ofereceu R$ 1,851 bilhão pelo bloco. O lance foi coberto logo em seguida pela Aena, que ofereceu R$ 1,900 bilhão. Com isso os espanhóis vão explorarar os aeroportor de Recife(PE), João Pessoa e Campina Grande, ambos na Paraíba, Juazeiro do Norte(CE), Maceió(AL) e Aracaju(SE).

    ÁGIO

    No conjunto, os lances pelos três blocos somaram R$ 2,377 bilhões. Os terminais estão localizados nas regiões Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste, e, juntos, recebem 19,6 milhões de passageiros por ano, o que equivale a 9,5% do mercado nacional de aviação. O investimento previsto para os três blocos é de R$ 3,5 bilhões, no período de 30 anos.

    O ágio médio, diferença entre o mínimo fixado pelo governo para pagamento inicial, e a soma dos lances vitoriosos, foi de 986%.

    Para o bloco Nordeste, o lance mínimo inicial foi de R$ 171 milhões. Para o bloco Sudeste foi de R$ 47 milhões, enquanto para o bloco do Centro-Oeste, R$ 800 mil, totalizando R$ 219 milhões. Esses valores deverão ser pagos à vista junto com o ágio ofertado na data de assinatura do contrato.

    COMO FOI

    Os grupos,após a apresentação dos envelopes com as propostas, passaram a ofertar lances de viva voz pelos blocos. O primeiro bloco arrematado foi o do Nordeste, que teve o maior número de ofertas. Formado pelos aeroportos de João Pessoa e Campina Grande, ambos na Paraíba; do Recife, de Maceió, Aracaju e Juazeiro do Norte, no Ceará, o bloco recebeu seis propostas.

    O maior lance foi do grupo espanhol Aena Desarrollo Internacional, que ofereceu R$ 1,900 bilhão para pagamento à vista, um ágio de 1.010,69%. Em segundo lugar ficou o grupo suíço Zurich Aiport, com oferta de R$ 1,851 bilhão, um ágio de 982,05%. O grupo também arrematou o bloco Sudeste. Em terceiro lugar, o Consórcio Região Nordeste ofertou R$ 1,785 bilhão, ágio de 949,31%.

    O aeroporto de Recife é um que dá lucro e era muito desejado. O Governo de Pernabuco, preocupado com isso, pois não quer perder o destaque que tem na região divulgou nota dizendo que estará atento aos efetivos investimentos que estão programados.

    Veja a íntegra da nota divulgada pelo governo pernambucano:

    NOTA OFICIAL SOBRE LEILÃO DO AEROPORTO

    O Governo do Estado de Pernambuco, no que tange ao leilão de privatização do Aeroporto Internacional dos Guararapes, realizado pelo Governo Federal, informa que seguirá vigilante no cumprimento da programação de investimentos no terminal, para que a liderança regional do nosso aeroporto seja mantida e ampliada e os usuários contem com um serviço de qualidade.

    O bloco Centro-Oeste, formado pelos aeroportos de Cuiabá, Rondonópolis, Sinop e Alta Floresta, em Mato Grosso, recebeu 2 propostas: a do vencedor, Consórcio Aeroeste, de R$ 40 milhões, um ágio de 4.739% e o Consórcio Construcap-Agunsa, que ofereceu R$ 31,5 milhões, ágio de 3.711,01%.

    Foram apresentado para o bloco Sudeste quatro proposta  - terminais de Macaé, no Rio de Janeiro, e de Vitória, no Espírito Santo.  A Zurich Aiport venceu com oferta de R$ 437 milhões, ágio de 830,15%; a ADP do Brasil, R$ 304 milhões, ágio de 547%; a CPC (Companhia de Participações em Concessões), R$ 167 milhões, ágio de 255,47%, e a Fraport, com oferta de R$ 125,002 milhões, ágio de 166,07%.

    Foi estabelecido no editar o chamado risco compartilhado entre o governo e as concessionárias vencedoras do leilão. Por esse dispositivo, o pagamento do valor da outorga, de R$ 2,1 bilhões, vai depender da receita bruta da futura concessionária. O edital fixou que essa outorga variável, a ser paga ao longo do período de concessão, será calculada em cima da receita bruta da Aesa, no caso do Nordeste, sendo o percentual de 8,2% para o bloco Nordeste; 8,8% para o bloco Sudeste; e 0,2% para o Centro-Oeste.

    O novo concessionário, a princípio, não pagará nada pelo período de cinco anos. Após esse período, têm início os pagamentos do percentual da receita até o final do contrato.

    Os vencedores terão que, em um primeiro momento, realizar melhorias em banheiros; sinalizações de informação; internet wi-fi gratuita; sistemas de climatização; escadas e esteiras rolantes; elevadores, entre outras intervenções.

     ( da redação com informações de assessoria. Edição: Genésio Araújo Jr)

     


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