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Nordestinas
  • 15/06/2018 17h06

    MAPA DA VIOLÊNCIA – Paraíba foi um dos estados brasileiros que registrou redução da violência, aponta estudo

    Pesquisadores citam programa “Paraíba Pela Paz”, lançado em 2011, pelo governador Ricardo Coutinho
    Foto: TV tambaú

    Ricardo Coutinho tem motivos para comemorar

    (Brasília-DF, 15/06/2018) O estado da Paraíba, na região Nordeste, foi uma das unidades federativas do Brasil que registrou queda gradativa na taxa de homicídios, ao lado do estado do Espírito Santo.

    É o que aponta dos pesquisadores no Atlas da Violência 2018, divulgado nesta sexta-feira, 15. O estudo foi elaborado pelo Instituto de Pesquisas Econômica Aplicada (IPEA) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública e traça a evolução da dos homicídios no mundo, nos continentes e nos países, tomando como parâmetros informações do Organização das Nações Unidas (ONU) e da Organização Mundial da Saúde (OMS).

    Em relação ao Brasil, o estudo mostra a evolução da violência entre 2006 e 2016 nas cinco regiões, nos estados, nas capitais e municípios, com base do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde (MS).

    Queda/homicídios

    Ao avaliar, nas páginas 23 e 24 do estudo, a variação nas taxas de homicídios por cada uma das 27 unidades federativas do Brasil, os pesquisadores admitem que todos os estados com crescimento superior a 80% nas taxas de homicídios pertenciam ao Norte e ao Nordeste.

    “No entanto, é interessante notar que, entre as UFs (unidades federativas) que apresentaram uma variação de até 48% da taxa de homicídios no período 2006-2016, há representantes de todas as regiões brasileiras”, enfatizam.

    “Paraíba pela Paz”

    “A Paraíba e o Espírito Santo – cujos governadores se envolveram diretamente na questão da segurança pública – mostraram diminuições gradativas nas taxas de homicídios”, dizem os pesquisadores.

    Os pesquisadores apontam como um dos fatores que contribuíram para a redução da taxa de homicídios no estado da Paraíba, as ações e intervenções feitas pelos órgãos de segurança e as policias através do programa as “Paraíba pela Paz”, lançado em 2011, pelo governador Ricardo Coutinho (PSB).

    “Naquele ano, os dois estados ocupavam, nessa ordem, o lugar de 3ª e 2ª UF mais violenta do país. Em 2016, eram o 18º e 19º mais violentos”, revelam.

    O estudo lembra que naquele ano, a Paraíba ocupava o 3ª lugar entre as unidaes federativas mais violenta do País. Em 2016, a violência caiu e o estado nordestino apareceu em o 18º entre os mais violentos.

    GOVERNANÇA/SEGURANÇA PÚBLICA

    Veja as considerações feitas pelos pesquisadores em relação à governança na segurança públicas dos estados brasileiros:

    1. Onze estados apresentaram crescimento gradativo da violência letal nos últimos 10 anos, sendo que, com exceção do Rio Grande do Sul, todos se localizam nas regiões Norte e Nordeste do país.

    2. Infelizmente, os últimos dados apontam para a consolidação da exaustão do programa Pacto pela Vida, que contribuiu para a queda consistente das taxas de homicídios em Pernambuco, entre 2007 e 2013. Nos últimos três anos analisados, o crescimento das mortes foi de 39,3%.

    3. Em 2012, o Rio de Janeiro encerrou uma fase de diminuição consistente das taxas de homicídios, algo que vinha acontecendo desde 2003. A partir de 2012, observou-se uma oscilação nos indicadores de letalidade violenta, sendo que em 2016 houve forte crescimento nos índices. Pode-se dizer que 2016 marcou o final de um período positivo para o estado e a capital, com grandes eventos internacionais. O final das Olimpíadas demarcou essa transição, quando a falência econômica e política deram a tônica ao novo cenário.

    4. São Paulo continua numa trajetória consistente de diminuição das taxas de homicídios, iniciada em 2000, cujas razões ainda hoje não são inteiramente compreendidas pela academia. Nesse debate, inúmeros fatores explicativos se somam (alguns evidenciados empiricamente, outros não), como: i) políticas sobre o controle responsável das armas de fogo; ii) melhorias no sistema de informações criminais e na organização policial; iii) fator demográfico, com a diminuição acentuada na proporção de jovens na população; iv) melhorias no mercado de trabalho; v) hipótese da pax monopolista do Primeiro Comando da Capital (PCC), quando o tribunal da facção criminosa passou a controlar o uso da violência letal, o que teria gerado efeitos locais sobre a diminuição de homicídios em algumas comunidades. 25

    5. É interessante notar a gradativa diminuição dos homicídios no Distrito Federal6, que vem acontecendo desde 2013.

    6. Por fim, a Paraíba e o Espírito Santo – cujos governadores se envolveram diretamente na questão da segurança pública – mostraram diminuições gradativas nas taxas de homicídios. Em 2011, foram lançados, respectivamente, os programas “Paraíba pela Paz” e o “Estado Presente”. Naquele ano, os dois estados ocupavam, nessa ordem, o lugar de 3ª e 2ª UF mais violenta do país. Em 2016, eram o 18º e 19º mais violentos.

    (Por Gil Maranhão. Agência Política Real. Edição: Genésio Jr.)


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