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Nordestinas
  • 24/07/2017 07h56

    Em Meondoza, Michel Temer fala do fortalecimento do Mercosul e da situação da Venezuela

    Para o presidente, Mercosul está mais forte e unido do que nunca e o bloco tem maior clareza sobre o caminho a seguir
    Foto: Alan Santos/PR

    Presidente Michel Temer fala na cúpula do Mercosul

    ( Publicada originalmente às 19h 56 do di 21/07/2017) 

     

    (Brasília-DF, 24/07/2017) O presidente da República, Michel Temer (PMDB), discursou nesta sexta-feira, 21, durante uma sessão plenária dos presidentes dos estados do Mercosul e associados, em Mendoza/Argentina, e ressaltou o progresso feito pelo Bloco nas políticas de livre mercado, democracia e direitos humanos.

    Para o presidente, os Estados fundadores do Mercosul estão resgatando a vocação original do bloco, e que sua revitalização só tem sido possível porque cada um dos país membros vive um momento de modernização.

    "No Brasil, como em outros países da nossa região, rejeitamos as soluções mágicas, que não se sustentam no tempo. Optamos, antes, pelo caminho do diálogo e da responsabilidade", afirmou Temer.

    FORTALECIDO NA DEMOCRACIA

    Em seu discurso, Temer ainda elogiou o trabalho do presidente da Argentina, Mauricio Macri, por continuar um trabalho exemplar no comando do país.

    "Pois não tenham dúvidas que, ao continuar o trabalho exemplar da presidência argentina, a presidência brasileira se orientará por essas marcas do diálogo e da responsabilidade. Essas são nossas respostas aos desafios que enfrentamos internamente", disse o presidente. "O Mercosul surgiu, tomo a liberdade de dizê-lo, há um quarto de século, justamente porque, fortalecidos na democracia, nossos países decidiram levar adiante uma ampla agenda de transformações".

    Temer pontuou que a assinatura do Protocolo de Cooperação e Facilitação de Investimentos do Mercosul amplia a segurança jurídica e facilita investimentos entre os países membros. Ressaltou, ainda, que Macri sugeriu, durante reunião do G20, a utilização dos consulados para trocar trabalhos conjuntos.

    "E eu quero dizer, fui informado pelo nosso ministro Aloysio Nunes, que já escolhemos dois consulados brasileiros para iniciar o programa: Vancouver e Amsterdam. E até, se me permitem, eu proponho que o mesmo façamos com os demais países integrantes do Mercosul. Quem sabe podemos também trocar fórmulas de trabalho com todos os países do Mercosul, tal como hoje estamos fazendo com a Argentina", afirmou.

    De acordo com o presidente, o que se tem com o avanço do livre comércio é uma mudança de paradigma.

    "Menos barreiras significam mais comércio, mais riqueza, mais empregos de qualidade – sobretudo quando consideramos que nosso comércio é composto majoritariamente de produtos industrializados", salientou Michel Temer.

    RESISTÊNCIA AO ISOLAMENTO

    O presidente ainda declarou que "resistirá ao isolamento", fortalecendo a pauta de negociações externas e estreitando laços do Mercosul com países da Aliança do Pacífico.

    "Juntos, o Mercosul e a Aliança do Pacífico reunimos cerca de 80% da população da América Latina e do Caribe. Representamos mais de 90% do PIB e dos fluxos de investimento estrangeiro na Região. É significativo, portanto, o potencial de negócios entre nossos empresários", informou.

    Temer pontuou também que o país seguirá engajado com a União Européia, e lançará um novo olhar para a Ásia.

    "Maior aproximação com parceiros asiáticos será outra vertente da presidência brasileira. Já temos mantido diálogo produtivo com o Japão, com a Coreia do Sul, com a Índia e com países da Associação de Nações do Sudeste Asiático. Estaremos, portanto, empenhados nessas frentes", ressaltou. "Aqui, como em outras instâncias, tudo dependerá da nossa capacidade coletiva de articular entendimentos. O que nos guia, sempre, são os interesses de nossas sociedades, que anseiam por mais prosperidade, por mais bem-estar".

    A SITUAÇÃO DA VENEZUELA

    Michel Temer falou da situação da Venezuela, declarando que a relação com o país é naturalmente uma "relação institucional", de Estado para Estado e de povo para povo, e que se preocupa muito com o povo venezuelano.

    "Nessa perspectiva, é com grande preocupação que acompanhamos a situação na Venezuela. Somos profundamente sensíveis à deterioração do quadro político-institucional, às carências sociais que, nesse país amigo, ganham contornos de crise humanitária. Já não há mais espaço, na América do Sul, para prisões arbitrárias, para medidas de repressão política, para atitudes e atos incompatíveis com os preceitos democráticos. Já não há mais espaço para governos indiferentes à própria sorte do povo", pontuou o presidente.

    Temer também declarou que estará ao lado do povo da Venezuela pelo restabelecimento irrestrito das liberdades do país e disposto a unir a voz àqueles que pedem a volta da democracia.

    "E essa é a postura do Mercosul em seu conjunto. Nossos chanceleres reconheceram formalmente a ruptura da ordem democrática na Venezuela. Nossa mensagem é clara: conquistamos a democracia, em nossa região, com grande sacrifício, e não nos calaremos, não nos omitiremos frente a eventuais retrocessos, "continuou. 

    Concluindo seu discurso, o presidente fez questão de afirmar que o Mercosul está cada vez mais forte e unido, com a agenda de trabalho definida e que ele têm muita satisfação com o trabalho realizado.

    "E estamos seguindo esse caminho, com segurança e determinação. Assim tem sido, senhor presidente, nos últimos meses. Assim foi na presidência argentina e assim será na presidência brasileira, com o auxílio de todos", concluiu.

    (da redação com informações de assessoria. Edição: Genésio Araújo Jr)


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