( Publicada originalmente às 16h 35 do dia 29/06/2016) 

(Brasília-DF, 30/06/2016) O novo presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, pediu o apoio do Congresso Nacional para aprovar as reformas estruturais que serão encaminhadas pelo governo nos próximos meses e ajudar dos parlamentares na superação da crise econômica do País.

A reivindicação de Goldfajn foi feita durante visitou realizada nesta quarta-feira, 29, ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). O presidente do BC esteve acompanhado dos indicados para a nova diretoria do banco: Reinaldo Le Grazie, Tiago Couto Berriel, Carlos Viana de Carvalho e Isaac Sidney Menezes Ferreira.

Os quatro vão ser sabatinados na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) na próxima terça-feira, 5.  Renan garantiu colocar para apreciação do Plenário a nova diretoria BC, no mesmo dia em que a CAE votar os nomes.

A crise econômica brasileira foi o foco da conversa entre Goldfajn e Calheiros. O presidente do BC falou da necessidade do Parlamento aprovar as reformas estruturais, enquanto o presidente do Senado destacou a reforma política como forma de simplificar o processo legislativo.

Autonomia do BC

Goldfajn informou que o Palácio do Planalto deverá encaminhar ao Congresso Nacional nos próximos dias uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para dar autonomia operacional à autarquia. A proposta destaca, dentre outros pontos a prerrogativa de foro e a autonomia orçamentária.

Renan ressaltou que mesmo sendo favorável ao mandato fixo e independente para o Banco Central, essa é uma questão polêmica e ainda sem consenso no Senado Federal.

Segundo o presidente do BC, a PEC não deverá abordar o tema, uma vez que a intenção é criar “uma lei que fique parecida com o que existe no resto do mundo”.

Esforço e morosidade

 Renan Calheiros ainda destacou o esforço da Casa em dar agilidade à apreciação e votação de matérias de interesse do País. “O objetivo do Senado é colaborar com saídas”, disse o senador.

E voltou a se queixar vez da morosidade do trâmite, na Câmara dos Deputados, de matérias aprovadas pelos senadores.

“Aqui no Senado, nós fizemos a Comissão do Desenvolvimento Nacional, que pretende ter um rito diferenciado para algumas mudanças. Então agiliza, prioriza. Nós precisamos fazer com que essas questões, igualmente, andem na Câmara e as circunstâncias do novo governo são realmente animadoras”, exemplificou o presidente do Senado.

(Por Gil Maranhão – Agência de Notícias Política Real. Edição: Genésio Jr.)