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Nordeste em Manchete
  • 20/05/2016 18h50

    ESPECIAL DE FIM DE SEMANA - Apesar de ter amplo apoio no Parlamento, governo Temer começa com críticas de aliados e da oposição

    Parlamentares de partidos que apoiam governo de Michel Temer e da “nova” oposição comentam os primeiros passos e medidas do Palácio do Planalto
    Montagem da Política Real

    (Brasília-DF, 20/04/2016) O novo governo não começou bem. Esta a avaliação de um grande número de parlamentares entrevistados esta semana pela Agência de Notícias Políticas Real.

    Mesmo possuindo uma ampla base de apoio na Câmara dos Deputados – que, segundo o novo líder do Governo na Casa, André Moura (PSC-SE), é de 407 deputados, entre os que integram o “blocão” de 13 partidos e os parlamentares de outras legendas que apoiam o atual governo - o presidente interino Michel Temer (PMDB) tem recebido críticas, dentro e fora do Congresso Nacional.

    Algumas dessas críticas decorrem de afirmações feitas por seus ministros, resultando em recuos em série e causando, assim, embaraço para Temer. Outras, vêm da própria formação do novo governo. Ambas se sustentam por este ser um governo de políticos do PMDB, PSDB, DEM e PP e PPS, que encabeçaram o movimento pró-impeachment da presidente Dilma Rousseff, e não um governo com respaldo dos movimentos populares.

    Pauderney – Dificuldades

    "É normal que um governo que assumiu da forma como o atual, sem a devida etapa de transição, enfrente algumas dificuldades”, disse o líder do DEM, deputado Pauderney Avelino (AM).

    Segundo ele, “todas são superáveis, primeiro porque Michel Temer tem sido muito firme em suas posturas  e porque escolheu um time muito competente."

    Guimarães – “Chocado”

    Direto do interior do Ceará, o novo líder da Minoria na Câmara – que reúne todos partidos que eram da base governista de Dilma e agora é a “nova oposição” no Parlamento -, deputado federal José Guimarães (PT-CE), disse que “o Brasil está chocado com as primeiras medidas do governo Temer. É um governo provisório que está cometendo os maiores desmantelos já vistos na história do País.”

    - Malvadeza do tamanho do mundo que se está cometendo contra a população brasileira, contra aqueles que mais precisam – completou Guimarães, fazendo referência aos anúncios de cortes nos programas sociais.

    Danilo – Constrangimento

    O deputado Danilo Forte (PSD-CE) revelou otimismo com relação ao governo. "Acreditamos que neste novo governo se dará a recuperação da economia. Temer tem a missão garantir a retomada do crescimento econômico do Brasil e tirar o País do atoleiro que nos levou o governo afastado. O reflexo da crise econômica se dá na diminuição da arrecadação municipal, estadual e federal que traduz na queda em 14% dos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). E isso vai na veia dos municípios, onde 80% se socorrem no FPM para garantir os recursos necessários da administração pública."

    Forte, no entanto, foi critico com a indicação do novo líder do Governo. "O constrangimento que causam ao governo é no mínimo desnecessário ao imporem um líder, ainda mais neste momento difícil. A escolha da liderança é prerrogativa do presidente, principalmente levando em consideração os critérios de confiabilidade do chefe do Executivo com seu representante na Câmara dos Deputados."

    Bueno – Equipe econômica

    Do interior do Paraná, o líder do PPS na Câmara, Rubens do Bueno (PR), disse a reportagem da Política Real, que a definição da equipe econômica é o fator mais positivo do governo Temer. “Temos que rapidamente mostrar para o Brasil e o mundo uma equipe que possa mostrar resultados superar essa grave situação econômica em que o Brasil se encontra”, justificou.

    O líder acha que a extinção do Ministério da Cultura e a ausência de mulheres no ministério “estão sendo vistos por todos como pontos negativos do governo”. No entanto, Bueno, acrescenta que tem visto “novo clima” no País. “A gente percebe, visitando o interior do Paraná, que a população está mais aliviada e que o afastamento da Dilma foi algo de melhor e mais importante  que aconteceu no País nos últimos anos.”

    Rosso – Cautela

    Já o líder do PSD na Câmara, Rogério Rosso (DF), que presidiu a Comissão de Impeachment na Câmara, preferiu a cautela. Ele disse que cedo e ainda não se sente preparado para fazer uma avaliação do novo governo.

    Rosso pretende emitir opinião após os ministro divulgarem o seu plano de trabalho e também depois da reunião com todos os líderes partidários da Câmara, o novo líder do Governo, André Moura, e secretário de Governo, Geddel Lima, marcada para esta terça-feira, 24.

    Sem retorno

    Os líderes do PT, Afonso Florence (BA); do PP, Aguinaldo Ribeiro (PB); do Solidariedade, Genecias Noronha (CE); do PSDB, Antonio Imbassahy (BA), e do PDT, Weverton Rocha (MA) foram procurados pela  reportagem da Agência Política Real desde a manhã desta sexta-feira, 20. 

    Mas não deram retorno até o fechamento desta edição – às 18h45, nem às nossas ligações, nem través de suas assessorias.

    (Por Gil Maranhão – Especial Agência Política Real. Edição: Genésio Jr.)


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