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Nordeste em Manchete
  • 29/04/2016 17h20

    ESPECIAL DE FIM DE SEMANA - Todos os homens (nordestinos) do Presidente (Michel Temer)

    Em eventual governo de coalizão do PMDB, partido que administra 1.032 prefeituras no País, Nordeste terá o seu espaço
    Montagem da Política Real

    (Brasília-DF, 29/04/2016) O Nordeste terá seu espaço de destaque num eventual governo de Michel Temer que está se desenhando no País, e com cara pintada de oposição.

    Um número considerado de políticos nordestinos está sendo cogitado a ingressar na coalização que será comandada pelo PMDB - partido que administra a prefeitura de 1.032 cidades no País, desde as eleições municipais de 2012. Um governo que será reforçado pelo maior partido de oposição do Brasil, o PSDB, e ainda com o apoio do DEM, PPS, PSB e Solidariedade.

    Depois de ocupar ministérios importantes na era Lula e no governo de Dilma Rousseff, a região que consagrou a vitória da aliança PT-PMDB, desde as eleições de 2002, deverá ter representantes em Pastas que tem muito a ver com a realidade dos seus noves estados – como Integração Nacional, Turismo e Minas e Energia, e Justiça.

    O filme e o real

    Em abril de 2015, inspirado no filme americano “Todos os Homens do Presidente” (All the President's Men), de 1976, dirigido por Alan J. Pakula a Agência de Notícias Política Real produziu o texto “Todos os homens (do Nordeste) do presidente (Cunha)”, mostrando os parlamentares da região Nordeste que integravam a “tropa de choque” do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB). Em seguida mostramos os nordestinos que eram seus desafetos no Parlamento, com a matéria “Os inimigos do ‘Rei’ “.

    Um ano depois, a nossa reportagem se inspira no mesmo filme de Alan Pakula – que por sua vez tem roteiro baseado no livro de mesmo nome, lançado em 1974, de Bob Woodward e Carl Bernstein – para construir esta reportagem. Desta vez, focada no provável governo do atual vice-presidente da República, Michel Temer, já a partir do dia 12 de maio – se for confirmada nessa data a aprovação pelo Senado Federal do afastamento da presidente Dilma Rousseff.

    Ministeriáveis

    Dentre os ministeriáveis do governo de coalização do PMDB - partido que administra 1.032 prefeituras no País, a partir das eleições de 2012 – cerca de um terço delas na região Nordeste, cinco são nordestinos.

    Primeiro ministro do PMDB a entregar o cargo quando o partido rompeu com o governo Dilma, Henrique Alves, do Rio Grande do Norte, deve voltar à Esplanada dos Ministérios. Ele é cotado para assumir o mesmo ministério que estava antes – o do Turismo, ao qual será agregado o Ministério do Esporte.

    O sergipano Carlos Ayres de Britto, ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) foi cogitado para assumir o Ministério da Justiça. Cotado está também outro ex-ministro do STF, Carlos Velloso. Pela Pasta passou recentemente o ministro teve o mais curto período no governo Dilma (11 adias apenas), o baiano Wellington Cesar. Está à frente do ministério, atualmente, Eugênio Aragão.

    Coordenador nacional do Movimento Pró-Impeachment, o deputado pernambucano Mendonça Filho (DEM) foi cogitado pelo grupo de Temer para assumir o Ministério das Comunicações – que hoje está sob o comando do deputado cearense André Figueiredo (PDT).

    Já o deputado alagoano Maurício Quintela Lessa (PR) teve o seu nome incluído na lista dos ministeriáveis de Temer nesta sexta-feira, 29. O ex-líder do PR na Câmara dos Deputados está cogitado para assumir o Ministério dos Transportes – que atualmente está sob o comando de Antonio Carlos Rodrigues.

    República da Bahia

    O estado da Bahia que teve um grande número de representantes nos governos Lula 1 e 2, no primeiro e segundo governo de Dilma – e cuja bancada federal no Congresso Nacional que deu a maior contra o impeachment, voltará à Esplanada do Ministérios – agora, com cara de oposição.

    Ministro da Integração Nacional no primeiro governo de Lula, o baiano Geddel Vieira Lima (PMDB) – irmão do deputado federal Lúcio Vieira Lima, foi o primeiro nordestino a ter seu nome cotado entre os ministeriáveis. Seu nome é cotado para a Secretaria de Governo, hoje a cargo de Ricardo Berzoini.

    Outro nordestino que entrou na roda das conversas no Palácio do Jaburu (sede da Vice-Presidência da República) para compor a equipe do futuro governo é o deputado baiano Cacá Leão (PP) – cotado para assumir o Ministério da Integração Nacional, pasta que possui programas e projetos de grande interesse para a região Nordeste, como a Transposição do Rio São Francisco. A Pasta no governo Dilma estava sob o comando de Gilberto Ochhi.

    Da Bahia vem também o nome indicado pelos “aliados de Temer” para assumir o Ministério de Minas e Energia: o deputado José Carlos de Aleluia (DEM), um crítico ácido do grupo político do ex-governador Jaques Wagner (que foi ministro da Defesa e agora é Chefe de Gabinete do governo Dilma). A Pasta estava sob o comando do senador amazonense Eduardo Braga.

     

    OUTROS HOMENS DE TEMER

    Outros nomes cogitados para assumir ministérios e secretárias nacionais num provável governo de Michel Temer

    - Henrique Meirelles – Cotado para Ministério da Fazenda. É ex-presidente do Banco Central.

    - Romero Jucá – Cotado para Ministério do Planejamento. O senador é presidente em exercício do PMDB - ele é pernambucano mas fez carreira política em Roraima

    - Eliseu Padilha – Cotado para a Casa Civil. É ex-ministro da Aviação Civil do governo Dilma 2.

    - José Serra – Cotado para o Ministério das Relações Exteriores. O senador é ex-ministro da Saúde e do Planejamento do governo FHC 1 e 2.

    - Nelson Jobim – Cotado para o Ministério da Defesa. Foi ministro da mesma Pasta no governo Dilma 1.

    - Ricardo Barros – Cotado para o Ministério da Saúde. O deputado federal foi relator do Orçamento 2015.

    - Eduardo Braga – Cotado para o Ministério das Cidades. O senador é ex-ministro de Minas e Energia do governo Dilma 2.

    - Gilberto Kassab – Cotado também pra o Ministério das Cidades. Foi titular da pasta no governo Dilma 2.

    - Alexandre de Moraes – Cotado para a Advocacia-Geral da União (AGU). É atual secretário de Segurança de São Paulo.

    - Gilberto Occhi – Cotado para a Presidência da Caixa Econômica Federal. É funcionário do banco e ex-ministro da Integração do governo Dilma 2.

    - Márcio Freitas – Cotado para a Secretaria de Comunicação Social. É assessor de Michel Temer.

    - Mara Gabrilli – Cotada para a Secretaria Nacional dos Direitos Humanos. É deputada federal pelo PSDB/SP.

    - Aloysio Nunes Freire – Cotado para o Ministério da Educação e Cultura. É o senador do PSDB/SP é ex-ministro da Justiça do governo FHC.

    - Moreira Franco – Cotado para assumir uma supersecretaria ligada à Presidência que vai coordenar as concessões, privatizações e as parcerias público-privadas (PPP). É presidente da Fundação Ulysses Guimarães (FUG) - nascido no Piauí, mas fez carreira política no Estado do Rio de Janeiro.

     

    (Por Gil Maranhão, para Agência de Notícias Política Real. Edição: Genésio Jr.)


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