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Nordeste em Manchete
  • 02/04/2016 15h08

    ESPECIAL DE FIM DE SEMANA - “O governo Michel, acontecendo o impeachment, vai trazer novo oxigênio ao Brasil”, acredita Genecias Noronha

    Ex-peemedebista, o líder do Solidariedade explica como o partido está se preparando para um eventual governo peemedebista, se Dilma for afastada
    Divulgação

    Genecias Noronha, novo líder do Solidariedade

    (Brasília-DF, 02/04/2016) Com o avanço dos trabalhos da Comissão Especial do Impeachment, na Câmara dos Deputados, e otimistas quanto ao provável afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT) do Palácio do Planalto, parlamentares de partidos da oposição já começam a discutirem e a se preparem para um eventual governo de Michel Temer (PMDB), vice-presidente da República.

    Um deles é o deputado federal Genecias Noronha (CE), que que fez carreira política no PMDB, e desde fevereiro é o novo líder da bancada do Partido Solidariedade (SD) na Câmara – o primeiro partido a desenhar e discutir com os demais partidos o Movimento Pró-Impeachment, e lançar em setembro do ano passado.

    Nesta entrevista exclusiva à Agencia de Notícias Política Real, o ex-peemedebista cearense  fala da sua expectativa sobre esse novo momento da política brasileira.

     

    AGÊNCIA POLÍTICA REAL - O PMDB toma a decisão de desembarcar do governo Dilma no momento muito critico para o País. Ex-peemedebista e agora na liderança do Solidariedade, como o senhor está analisando esta situação?

     

    GENECIAS NORONHA - O PMDB foi o primeiro a pular do barco. Mas acho que isso vai ser uma sequência de vários outros partidos que devem desembarcar desse governo que já acabou. O País está parado. O cidadão brasileiro, o trabalhador, não aguenta mais esta crise. O desemprego enorme, batendo recorde, a inflação nas alturas. Temos que trazer ao País um novo oxigênio, trazer a credibilidade. O governo Michel, acontecendo o impeachment, vai trazer esse oxigênio que o Brasil está precisando, para que nós possamos ganhar a credibilidade de volta e o investidor estrangeiro voltar a investir no Brasil. Quem vai investir num País de corruptos? O maior construtor do Brasil, o presidente da construtora (Odebrecht) está preso? O segundo construtor está preso. O terceiro, quarto e quinto também. O governo que administra o Brasil a sua cúpula está toda presa ou na iminência de ser presa. Ninguém investirá num País como o Brasil, a continuar esse governo que aí está.

     

    AGÊNCIA POLÍTICA REAL - Como o senhor analisa o andamento dos trabalhos da Comissão Especial do Impeachment?

     

    Os trabalhos tem avançado como deve ser, tudo mantendo o que a Constituição nos ensina. Estamos levando o rito de acordo com a Constituição para que aconteça nenhum erro, nenhum vício, para que não venham judicializar o processo de impeachment contra a presidente Dilma.

     

    AGÊNCIA POLÍTICA REAL - Alguns partidos já estão se preparando para um possível Governo Temer. O Solidariedade também está se preparando e como pretende contribuir para um novo governo, caso se confirme o impeachment da presidente Dilma?

     

    Nós somos a favor do Brasil e não vamos nos negar de ajudar o Temer fazer o melhor pelo Brasil e pelos os brasileiros. O Solidariedade, que foi o primeiro partido a botar o cara a tapa e pedir o impeachment da Dilma, com certeza vamos ajudar o Temer a colocar o Brasil nos trilhos para que assim os brasileiros parem de perder o seu emprego e a economia volte a crescer.

     

    AGÊNCIA POLÍTICA REAL - E num eventual Governo Temer, o que o senhor acha que ser atacado de imediato?

     

    O novo presidente vai ter que fazer uns ajustes que a Dilma não conseguiu fazer e nem conseguirá. Falta credibilidade. Ninguém confia mais no PT, nem na presidente Dilma. Então, o governo Michel assumido tem que de cara, logo, chamar todos os líderes partidários. Como ele vai fazer um governo coalização deve sentar e definir os ajustes que possa trazer de volta o País ao crescimento.

     

    AGÊNCIA POLÍTICA REAL - Há uma cobrança grande do setor produtivo. O que o novo governo pode fazer para reaquecer a economia do País?

     

    O empresário, a classe produtiva está com medo e não investe no País por causa dessa crise. Por isso o País está parado. Quem vai vender fiado para um governo que está na iminência de cair? Ninguém. Quem vai investir num comércio onde seu gerente está na iminência de sair? Ninguém. Michel (Temer) vai trazer essa credibilidade que nós precisamos, que o brasileiro precisa. E ele vai precisar muito desta Casa (Câmara dos Deputados), do Congresso Nacional como um todo para que lhe ajude a fazer os ajustes e botar o seu plano de governo em prática.

     

    (Por Gil Maranhão, para Agência Política Real. Edição: Genésio Jr.)


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