( Publicada originalmente às 10h 16 do dia 15/07/2019) 

(Brasília-DF, 16/07/2019) O senador e líder do PT, Humberto Costa (PE), afirmou nesta segunda-feira, 15, que aposta que em uma imensa “pressão popular” para barrar a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 06/19 que reforma o sistema previdenciário quando esta chegar aquela Casa. No entanto, antes disso, entre os dias 6 a 8 de agosto, a matéria deverá ser votada em segundo turno no plenário da Câmara.

O petista pernambucano argumentou, ainda, a tese dos economistas da Universidade de Campinas (Unicamp) e do Instituto Paris de Economia que apontam para um aumento das desigualdades sociais e regionais, caso a matéria seja aprovada. Isso, segundo ele, ajudará a oposição barrar a proposta que acaba com a aposentadoria por tempo de contribuição e retira cerca de 40% do valor pago aos futuros pensionistas.

“A gente percebe que parte da população ainda não entendeu o que está em jogo e há uma crença falsa de que a reforma da Previdência irá resolver todos os problemas da economia. Mas o tempo vai passando e a população vai se informando, vai vendo como essa proposta é cruel com os trabalhadores deste país, que vão ter que trabalhar mais para ganhar menos”, comentou.

“Semana após semana, o próprio Ministério da Economia vem reduzindo a projeção do PIB [Produto Interno Bruto] deste ano. E, na melhor das hipóteses, teremos um crescimento pífio, ainda menor do que o do ano passado. Este é o resultado desse desgoverno que não tem projeto para o país, a não ser acabar com a aposentadoria dos mais pobres e promover o filho do presidente que fritou hambúrguer a embaixador nos Estados Unidos”, complementou.

NOVOS MISERÁVEIS

O senador pernambucano chamou a atenção para uma “nova legião de idosos miseráveis” que existirá no país se a PEC 06/19 for promulgada. “[Os mais vulneráveis serão] entregues à própria sorte no momento que mais precisariam de amparo. Mas não vamos permitir, seguiremos denunciando este retrocesso”, completou.

(por Humberto Azevedo, especial para Agência Política Real, com edição de Genésio Jr.)