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PREVIDÊNCIA: Rogério Marinho afirma que modelo de capitalização proposto “é mais próximo” ao de países nórdicos e, não, do Chile
17/04/2019 07h38
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

( Publicada originalmente às 16h00 do dia 16/04/2019) 

(Brasília-DF, 17/04/2019) O secretário especial de Previdência e do Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, afirmou nesta terça-feira, 16, que o modelo de capitalização proposto na reforma da Previdência encaminhada pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) ao Congresso “é mais próximo” ao de países nórdicos como a Noruega e Suécia do que o do modelo chileno como acusam os opositores.

A declaração do ex-deputado federal pelo PSDB do Rio Grande do Norte aconteceu durante o seminário que a Comissão de Trabalho, Administração e do Serviço Público (CTASP) da Câmara Federal promoveu para debater os termos da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 06/19 que estabelece uma “Nova Previdência”. “Qual é a crítica feita à capitalização? Ah! É porque o modelo chileno. Leiam o projeto”, falou.

“O modelo chileno não fala da contribuição patronal. A PEC fala da contribuição patronal. Segundo ponto, o modelo chileno não prevê o que nós chamamos de colchão solidário. A PEC fala do colchão solidário. Então ninguém vai receber menos que um salário-mínimo. Três, o modelo chileno não fala da possibilidade do custo de transição. O custo de transição que é colocado como se fosse uma barreira para se fazer a capitalização, é suportado majoritariamente pelo que nós chamamos de nocional”, complementou.

“O que é nocional, gente? É mais próximo do modelo da Suécia, da Noruega, da Itália e do Canadá que permite ao cidadão que vai ingressar no sistema, continue a contribuir com o sistema que vai permanecer que é o da partição e mantém uma conta gráfica junto ao governo. Essa conta gráfica é como se fosse uma caderneta de poupança em que ao longo do tempo o cidadão vai verificar qual é o recurso que ele tem com as indexações e correções definidas em comum acordo com o próprio governo e com os mecanismos que o mercado vai regular”, completou.

AMBIENTE ADVERSO

O responsável pela condução política da PEC 06/19, que também foi o relator da nova legislação trabalhista – aprovada, em 2017, durante o governo do ex-presidente Michel Temer (MDB) - garantiu, ainda, que sistema de capitalização será opcional e terá contribuição patronal. Entretanto, o deputado Nelson Pelegrino (PT-BA) chamou a atenção para que a iniciativa colocada como “opcional” acabará, na prática, se tornando obrigatória e usual.

Marinho, que foi muito vaiado por parte da plateia que participava do seminário realizado pela CTASP, enfrentou diversos momentos em que foi interrompido pelo público. Como por exemplo quando tentava abordar o regime de capitalização. “A gente está falando de capitalização, depois eu falo de outros temas. Vamos por parte como Jack, o estripador”, emendou. Neste momento, vários participantes do seminário se irritaram e começaram  a atacar o secretário.

“E, por fim, uma série de direitos que existem na partição e estão disciplinados dentro da PEC como o auxílio-maternidade e seguro-acidente. Tudo isso está definido dentro do modelo de capitalização e, ainda, ... [parou o raciocínio para responder a plateia] não estão dentro da PEC. [Isso] estão inscritos na PEC. Então o Sr. pode [...] leia, porque na capitalização isso está garantido. Se está garantido dentro da lei, só se for modificado pelo parlamento. E, por fim, ele é opcional para os novos entrantes daqueles que ainda vão ingressar no mercado de trabalho”, concluiu.

(por Humberto Azevedo, especial para Agência Política Real, com edição de Genésio Jr.)



Link da notícia
http://politicareal.com.br/noticias/nordestinas/579168/previdencia-rogerio-marinho-afirma-que-modelo-de-capitalizacao-proposto-e-mais-proximo-ao-de-paises-nordicos-e-nao-do-chile