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Jorge Henrique Cartaxo
  • 10/01/2019 18h43

    A grande perda

    Uma compreensão importante e comum na inteligência ocidental é de que a arte e o direito constituem os pilares básicos da nossa civilização, pelo menos desde a Grécia Clássica

    A Justiça, escultura de Alfredo Ceschiatti( foto: site Wikipédia)

    O nível rasteiro do debate político no Brasil – com raras e honrosas exceções verificadas nos textos de alguns jornalistas e membros da nossa indecente academia  - tem sido motivo de crescente perplexidade no estreito universo de brasileiros que de fato busca compreender e dialogar com o que se passa  no bananal.

    Quando o PT e demais asseclas começaram a derreter e serem sugados junto com a cloaca   que virou parte expressiva do estado brasileiro nas mãos dessa gentalha desde 2003, o debate político no Brasil, que já era precário, se tornou ofensivo e absolutamente desqualificado.  Devemos reconhecer que esse é um fenômeno de certa forma ocidental, com destaque para as américas.

    Uma compreensão importante e comum na inteligência ocidental é de que a arte e o direito constituem os pilares básicos da nossa civilização, pelo menos desde a Grécia Clássica. As Leis balizam nosso comportamento e sociabilidade. A arte cuida  e burila nossa alma. As duas referencias constitutivas estão, de certa forma, perdendo suas funções paradigmáticas entre nós.

    No Brasil – para não falamos da Venezuela, México, Bolívia, Nicarágua e em alguma medida  do próprio Estados Unidos – há muito já não temos segurança jurídica alguma e a forte presença do crime organizado evidencia a veloz decomposição  do estado de direito no País.

    A nossa decadência estética – observável também nas américas – tem um caminho mais sutil por quão delicado é o espirito humano. Grosso modo, podemos sublinhar que o nosso afastamento da beleza se deu quando a pop art  nos EUA destruiu a vanguarda ao abraçar a cultura comercial. Soma-se a essa fato, a explosão de mídias  disponíveis ao artista que roubou do gênero da pintura a sua preponderância no dialogo do belo e da crônica íntima conquistados desde o Renascimento.

    Ha também um lugar destacável para essa aspereza crescente entre nós: o papel do marxismo fortemente presente nas nossa academia. Distante da metafisica e da psicologia, o marxismo não enxerga a dimensão espiritual da vida e menos ainda que não somos motivados apenas por desejos e necessidades materiais. Para o marxista a arte é ideológica, portanto só aceitável quando politicamente correta.

    Hoje governados , basicamente, por homens de mentalidade e praticas fronteiriças, nós brasileiros estamos perdendo, muitas vezes sem se dar conta,  o que havia de mais sagrado e refinado na construção do ocidente: o sentido de humanidade!

    Jorge Henrique Cartaxo é jornalista e mestre em História

    email: [email protected] 

    Twitter: @JorgeCartaxo6

     


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