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Jorge Henrique Cartaxo
  • 02/01/2019 22h44

    Compreender e Vigiar

    Na tarde do dia primeiro de janeiro em Brasília, ao tomar posse como presidente da República, Jair Bolsonaro, em dois momento, trouxe para as plagas da República tupiniquim a emulação de Péricles.

    O Discurso de Péricles e Bolsonaro( Foto: Historianet)

    Pelo menos desde o discurso de Péricles – na sua oração fúnebre aos mortos do primeiro ano da Guerra do Peloponeso ( 430 a. C),  na célebre contenda entre Atenas e Esparta - que a fala dos homens públicos em solenidades de estado ou de líderes em cenas públicas adquiriram relevância constitutiva e/ou convocatória da união dos povos e nações diante dos desafios do destino. Esse discurso tornou-se, ao longo da história, a referencias clássica que enaltece povos, nação e instituições, sublinhando suas virtudes éticas e políticas.               

    O discurso de William Pitt – brilhante primeiro ministro inglês – ao saudar a marinha inglesa pela vitória contra a marinha franco-espanhola na batalha de Trafalgar, em 1805 -; o discurso de Lincoln, em 1863, no Cemitério de Gettyburg; o emocionante discurso de Churchill, em 1939, convocando a Inglaterra para enfrentar o nazismo: “nós nunca nos renderemos”;  o discurso de posse de Kennedy em 1960 e o de Luther King em 1963, ilustram bem as inspirações de Péricles, segundo Túcidides.           

    Na tarde do dia primeiro de janeiro em Brasília, ao tomar posse como presidente da República, Jair Bolsonaro, em dois momento, trouxe para as plagas da República tupiniquim a emulação de Péricles. O primeiro no covil em que se transformou o Palácio do Congresso Nacional. O segundo no parlatório do delicado e feminino Palácio do Planalto, até ontem tratado como a caverna de Ali Baba.        

    Ainda que não tenha a elegância e a preciosidade estética de outros grandes oradores, Bolsonaro não fez discursos quaisquer! Ao contrário do que dizem os exegetas de plantão do que possa haver de bom e justo nas falas e ações dos homens públicos do bananal, as palavras do presidente foram ao encontro da Nação de forma justa e ousada. Devidamente alinhado com seu discurso de campanha e fortemente identificado com o espírito do tempo e a alma dos brasileiros, Bolsonaro falou para um País fatigado pelo cinismo, pela corrupção e sim, por uma visão de mundo apenas imunda que vagueia pelos trópicos desde o pós-guerra. Inspirados nas Revolução Francesa do século XVIII e no golpe bolchevique na Rússia de 1917, os autoproclamados “esquerdistas”, espalharam o crime e o terror pelo planeta afora. “ ..minha missão é restaurar e reerguer nossa pátria, libertando-a definitivamente do julgo da corrupção, da criminalidade, da irresponsabilidade econômica e da submissão ideológica”, sentenciou Bolsonaro.  Devemos ler os dois discursos para compreender e vigiar!

    Por Jorge Cartaxo, jornalista

    E-mail: [email protected]

    Twitter: @JorgeCartaxo6  


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