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  • Contato Brasil, 28 de março de 2024 15:54:38
Genésio Jr.
  • 23/04/2017 16h31

    Aqui pode, lá não pode!

    Os sofrimentos e as paixões dos franceses embalaram o Planeta e principalmente o Ocidente.

    Bandeira da França é referência de liberdade, igualdade e fraternidade( site: estudar fora)

     

    (Brasília-DF) Este início de semana foi marcado pela eleição na República da França. A Gália, como definiram os poderosos do Império Romano, já não é mais a mesma!

    Para os muito jovens que acham que todo mundo deveria falar inglês, além do português, o mundo durante esse longo momento de protagonismo da cultura ocidentalista sobre o globo sempre foi influenciado pela cultura francesa.  A Revolução Francesa foi fundamental para a todas as conflagrações sociais no Planeta por mais de dois séculos. A maior economia do Planeta, os Estados Unidos, deve muito aos franceses. Nós aqui construímos boa parte de nossa cultura com os franceses. Os sofrimentos e as paixões dos franceses embalaram o Planeta e principalmente o Ocidente.

    A onda conservadora que toma de conta da política ocidental não poderia deixar de mexer com os franceses. É bom que se saliente que ondas à esquerda e à direta são comuns na vida das sociedades, sejam elas ocidentais, principalmente, e orientais, apesar do povo além do Estreito do Bósforo não ter paixões pela democracia e pelas garantias e direitos fundamentais tão celebrados pelos ocidentalistas; não que eles sejam bárbaros!

    Setores que apoiam boa parte da onda conservadora, ou que simplesmente querem que alguns sociais democratas, bolivarianos, pretensos esquerdistas ou coisa que o valha sigam ao vinagre, agora estão preocupados que a França caminhe à direta. Parecem terem percebido que a eleição de Donald Trump, nos Estados Unidos, já foi uma dose além da conta.

    Muitos aqui no Brasil, querem que o país se afaste, ao máximo, da opção à esquerda mas quando se trata de Planeta, temem que os grandes, e sim, fortes, conservadores à direita( é bom dizer que existem conservadores à esquerda!), cheguem ao poder. Quanta contradição desses avalistas da globalização sem controles sociais!  Aqui, fora esquerdistas, lá, non tropo!

    Isso é só mais uma prova de que o fim das esquerdas e de suas propostas não se consolidaram. Da mesma foram que, em momentos de realce dos governos tidos como progressistas, mas se revelaram populistas à esquerda(existem os populistas à direita!),  ganharam protagonismo, e conseguiram num momento ímpar aumentar as classes médias mundiais com a o avanço dos Brics - alguns avaliaram que a direita tinha ido às calendas.

    O diálogo entre o indivíduo e o social sempre existirá. A humanidade não esgotará esse dilema, mesmo com as tecnologias acabando com o chão de fábrica, a cultura liberal sendo confrontada com os direitos difusos e a pobreza tendo que ser enfrentada pelos liberais e pelos sociais.

    Começamos aqui falando da França e de suas dificuldades. Por que a França não poderia ser uma potência conservadora à direita?!

    A nossa provocação contra os que acham que lá não pode e aqui pode se reflete, também, sobre a postura regional. As pesquisas apontam que os nordestinos estão com saudade de Lula e de sua políticas Pró-Estado, mas ao mesmo tempo estariam encantados com a figura do juiz Sérgio Moro. Lá, acima do paralelo 20º, pode amar um e admirar outro? Guardadas as proporções, os nordestinos, querem mais Estado(Lula) porém querem coisas certas e gostam de quem(Moro) trabalha por isso!

    A França e o Nordeste do Brasil não são para qualquer um!

    Foi Genésio Araújo Jr, jornalista

    e-mail: [email protected]


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